29 de julho de 2021 12:15 por Da Redação
Após lançar O Tempo é Agora em 2018, Marcos Farias apresenta seu novo trabalho, Estação Utopia. Com direção musical do pianista e tecladista Silvano Queiroz, participações dos produtores musicais Norberto Vinhas e Van Silva, da cantora Wilma Araújo – que faz duo com Marcos em Jardins e Quintais -, e de grande elenco de músicos das Alagoas, o CD traz, ainda, a participação do alagoano Fernando Nunes, no baixo, e do baterista paulista Thiago Rabello.
O mar e a orla lagunar de Alagoas servem de inspiração para as letras e melodias do artista. Há Mares, Há Lagoas é um desses exemplos. A canção destaca o labor e a garra de mulheres e homens das comunidades ribeirinhas de Alagoas. São rendeiras, marisqueiras e pescadores. O artesanato, o sururu e o marisco são fontes de sobrevivência para esse povo. Destaca, também, valores artísticos da terra de Zumbi dos Palmares e dos Xucurus-Kariris.
Já na música Preta, Marcos faz uma ode à Tia Marcelina, do episódio conhecido como Quebra de Xangô, em 1912, quando a afro-alagoana foi vítima da intolerância religiosa por praticar cultos de matriz africana. A faixa traz à memória a frase dita por Marcelina, como um grito de luta, no momento em que sofria violência física: “bate moleque, quebra perna, quebra braço, tira sangue, mas não tira saber”.
“As canções de Estação Utopia são essencialmente de amor, porém não deixa de tratar de temáticas voltadas para questões relevantes do momento político-social e da pandemia do Covid-19, como é o caso da música que dá nome ao CD e de Solitude e Coragem, respectivamente”, afirma Marcos.
Agora é conferir o álbum nas plataformas digitais, enquanto chega o CD físico em meados de agosto próximo.