11 de agosto de 2021 9:33 por Mácleim Carneiro
Coube a mim, enquanto crítico para o jornal Gazeta de Alagoas, assistir ao show “Orquestra é o Maior Barato’, que marcou a estreia e a criação da Orquestra Filarmónica de Alagoas, Ofal.
O palco italiano do Deodoro se encaixou como uma luva justíssima, é bem verdade, para as quatro famílias de instrumentos e o seu polegar condutor, Luiz Martins.
Desde a sua origem histórica, as orquestras filarmônicas nasciam como associações musicais formadas por apaixonados pela música e que não precisavam, necessariamente, ser músicos profissionais.
A coisa mudou e na atualidade uma orquestra filarmônica equivale à uma orquestra sinfônica. O que as diferencia é o aspecto burocrático de suas constituições institucionais e a quantidade de componentes.
Ou seja, se denominou sinfônicas as orquestras mantidas por instituições públicas, e filarmônicas as subsidiadas por instituições privadas, filantrópicas.
E é aí que entra o valor e a bravura intrínsecos à criação da Ofal. Seus músicos, ou pelo menos a grande maioria deles, criaram uma cooperativa e trabalham em regime cooperativista.
Aos que ainda não aderiram, fica o apelo, até mesmo pelo ponto de vista civilizatório e seus aspectos peculiares à vida intelectual, artística e material de uma sociedade ou grupo de pessoas que, heroicamente, estão capinando uma vereda evolutiva a ser desbravada na aridez do nosso aquário.
Enfim, foi um concerto histórico para o processo civilizatório do povo alagoano. Que as atividades da Ofal retornem muito em breve.
No +, MÚSICABOAEMSUAVIDA!???