terça-feira 7 de maio de 2024

Terceira alta consecutiva no número de endividados sinaliza recuperação da economia em Maceió

Apesar de indicar aumento do consumo, o cenário atual ainda é crítico, influenciado pela taxa de desemprego e pelos níveis de inflação

12 de agosto de 2021 12:19 por Marcos Berillo

De junho a julho, o número de endividados cresceu em mais de 9 mil pessoas, saindo de 189.333 para 198.856 maceioenses | Agência Brasil

Em julho, 65,5% dos maceioenses relataram estar com alguma dívida. Registro apontado pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em parceria com o Instituto Fecomércio Alagoas.

Nos últimos doze meses, a menor taxa foi percebida em abril, com 59%, desde então, o índice vem crescendo mês a mês, acompanhando a tendência de alta vista também no cenário nacional, que fechou o mês de julho com 71% das famílias com algum compromisso financeiro.

Em termos absolutos, de junho a julho, o número de endividados cresceu em mais de 9 mil pessoas, saindo de 189.333 para 198.856 maceioenses, registrando 4,9% de aumento na comparação mensal. Na perspectiva anual, entretanto, o índice está 9,6% abaixo do apurado em julho de 2020.

A taxa de maceioenses com contas em atraso também registra alta desde abril e alcançou em julho 18,2% das famílias (55.166 pessoas). Na comparação com o mês anterior (51.010 pessoas), o salto foi de 8,33%, um aumento de quase 4 mil inadimplentes. No entanto, na comparação anual, o índice está 40,71% abaixo do apurado em julho de 2020, quando foi registrado um total de 92.850 consumidores inadimplentes.

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Outro indicador que mesmo em crescimento continua em patamares menores em relação ao ano passado, com queda de 57,3%, é o de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas em atraso, e que vão permanecer inadimplentes. Em julho de 2020, eram 53.856 consumidores nessa situação (17,8%), já no mesmo mês deste ano, a pesquisa apontou que mais de 30 mil pessoas não se encontram mais nessa condição, isto é, a taxa atual é de 7,6% (23.106 pessoas).

Cartão de crédito segue como o maior vilão

Nesse contexto, na capital alagoana, o cartão de crédito permanece como o maior meio de endividamento, sendo utilizado por 97,3% dos consumidores. Em segundo lugar, tomando cada vez mais espaço na preferência dos recursos utilizados para a aquisição de bens e serviços, o carnê apresenta um percentual de 23,1%, com crescimento de 38% nos últimos seis meses. Já o tempo de comprometimento com dívidas, em sua maioria, manteve-se localizado no quadrante entre 3 e 6 meses (61,9%), gerando um comprometimento médio de 29,7% da renda durante os meses de parcelamento.

De acordo com o assessor econômico da Fecomércio AL, Victor Hortencio, a tendência de alta nos indicadores também pode ser entendida como positiva, apesar do cenário ainda ser crítico. Para ele, a recuperação da economia traz, naturalmente, um fluxo de endividamento, o que é normal, pois faz parte do mecanismo econômico. “Os números ainda mostram um panorama de redução significativo quando se faz a comparação anual. Mas pode-se conjecturar que a tendência de alta registrada nos últimos meses, em todas as subcategorias, se dá devido a dois cenários que se cruzam e interagem de maneiras distintas”, ressaltou.

“De um lado, há um aumento do consumo, desencadeado pela ampliação da vacinação e seus desdobramentos na flexibilização do Comércio, em paralelo com o pagamento do auxílio emergencial e o funcionamento do Bem. Por outro lado, a economia ainda sofre com os percalços trazidos por meses de crise pandêmica e baixa atividade econômica, trazendo consigo indicadores recordes de desemprego (mais de 14% no Brasil e 20% em Alagoas), bem como altos índices de inflação (8,99% nos últimos doze meses), que impactam diretamente na geração de riqueza e no poder de compra da população”, explicou Hortencio.

Fonte: Assessoria

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