13 de agosto de 2021 1:42 por Marcos Berillo
As aulas na rede estadual de Educação em Alagoas serão retomadas na próxima segunda-feira (16), inicialmente, no formato híbrido – com revezamento semanal e 50% dos alunos em cada turma. A expectativa é que o retorno seja ampliado gradativamente, considerando o avanço dos números da pandemia da Covid-19.
Porém, entidades nacionais das áreas de saúde, educação e assistência social divulgaram um manifesto onde dizem que não é o momento de retomada de atividades que ampliam o risco de transmissão do novo coronavírus.
O secretário da Educação, Rafael Brito, disse que a retomada traz dois desafios. Um é em relação a segurança sanitária e a outra se refere à permanência dos jovens e crianças dentro da sala de aula.
“Nossa equipe tem trabalhado muito na criação de estratégias de busca ativa, implantação de protocolos sanitários e capacitação dos nossos profissionais para que essa volta aconteça. Chegou a hora da Educação e estou confiante do comprometimento de todos os professores, gestores e estudantes”, afirmou.
As 310 escolas estaduais receberam, no total, R$ 40 milhões para se adequarem ao retorno presencial. Os recursos são do programa Rumo às Aulas e preveem medidas como adequações em infraestrutura, implementação de sinalização, protocolos sanitários e compra de novos equipamentos. As unidades de ensino já estão aplicando os valores em reformas, serviço de pintura, conserto da rede elétrica, limpeza e ajardinamento.
Entidades contestam retorno às aulas neste momento
No “Manifesto Saúde, Educação e Assistência Social em Defesa da Vida e da Democracia”, as entidades nacionais das áreas de saúde, educação e assistência social consideram precipitado o retorno às aulas presenciais.
Para os órgãos, o enfrentamento ao novo coronavírus deve atender à complexidade e gravidade do problema. “É imperativo que os órgãos de Estado cumpram suas responsabilidades constitucionais. O conjunto de conhecimentos, tecnologias e experiências e a capacidade institucional construída em décadas de implementação de políticas públicas no país e com gestão democrática e participativa oferecem caminhos para superar as crises da pandemia da Covid-19”, ressalta o documento.
A prioridade, afirmam as instituições, deveria ser o fechamento total e rigoroso de todas as atividades com potencial de transmissão viral em todas as regiões do país onde houver crescimento das curvas epidêmicas.
“Além disso, é urgente implementar as necessárias medidas de proteção social para toda a população vulnerabilizada, particularmente restaurando as modalidades de auxílio emergencial, condição essencial para o sucesso das estratégias de controle e mitigação de danos da pandemia”, defendem.
O documento pode ser acessado na íntegra clicando AQUI.