17 de agosto de 2021 6:54 por Da Redação
O jornalista e historiador do futebol Lauthenay Perdigão, morreu hoje (17), aos 86 anos, em decorrência de complicações de saúde. O seu estado foi se agravando, pois era cardiopata e renal crônico, tinha Parkinson e sofria do Mal de Alzheimer. Havia sido internado na última quinta-feira, 12.
Lauthenay Perdigão conseguiu conciliar a profissão de bancário com a de jornalista, tendo trabalhado por mais de trinta anos nos principais jornais de Alagoas e colaborado com semanários.
A história do futebol alagoano tem sido preservada e se transformado numa referência nacional graças aos seus esforços pessoais. As suas coleções de fotografias, camisas, chuteiras e documentos nasceu pelo seu gosto em preservar a história e a memória do futebol.
Em décadas de pesquisas e garimpando documentos sobre o futebol e jogadores, o transformou no mais importante historiador esportivo de Alagoas e um dos maiores do Brasil.
Os jornalistas Mário Lima e Wellington Santos escreveram a biografia de Lauthenay Perdigão, lançada na 9ª Bienal Internacional do Livro, em 2019. A publicação se chama Dom Lauthenay, Um Quixote do Esporte Nacional: Vida, Obra e Luta do Guardião da Memória Esportiva Alagoana e Brasileira.
Mestre Lau
Disse sobre ele o jornalista e escritor Mário Lima: “Escrever sobre o mestre Lau, nosso Dom Lauthenay Perdigão, é contar uma história de lutas e glórias reais, paixão pela bola desde a juventude; começar como jogador de peladas, ser campeão juvenil pelo seu clube do coração, o CSA. Depois, se transformar em jornalista esportivo, ser o maior pesquisador do futebol alagoano, escrever cinco livros, fundar um dos maiores museus da história do futebol de Alagoas e do Brasil, o Museu dos Esportes Dida – um herói nacional esquecido por ser reserva de Pelé, mas legítimo campeão mundial no primeiro título do Brasil, na Suécia, em 1958”.
O legado deixado por Lauthenay Perdigão foi a criação do Museu dos Esportes Edvaldo Alves Santa Rosa (Dida) e o livro História do Futebol Alagoano: Arquivos Implacáveis.
1 Comentário
Que beleza de ser humano! Vale uma biografia.