sábado 23 de novembro de 2024

Uma praça em honra a Calabar

É possível que tenha sido essa reunião a primeira assembléia oficial a absolver Calabar

14 de dezembro de 2021 8:07 por Braulio Leite Junior

 

Praça Dr. Afrânio Jorge que ficou conhecida como Praça da Faculdade. www.historiadealagoas.com.br

 

Nossa capital já teve uma praça publice em homenagem ao mártir de Porto Calvo. Segundo Craveiro Costa, em janeiro de 1903 uma comisso popular pediu ao Conselho Municipal de Maceió que denominasse uma das artérias da cidade Calabar, em homenagem ao dissidente heróico das forças de Mathias de Albuquerque, enforcado em sua terra natal a 22 de julho de 1635.

A solicitação foi atendida. Esta, porém, não foi a única iniciativa no sentido,. Informa o Dr. Leite e Oiticica, em trabalho publicado na Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, nº 1, volume 5, de 1913, que por sugestão da colônia alagoana do Rio de Janeiro ao Conselho Municipal proposta idêntica foi estudada.

Conta-nos Félix Lima Júnior que a 28 de setembro de 1897, o Intendente Municipal, Dr. José de Barros Wanderley de Mendonça, dirigiu ofício ao Instituto encaminhando ao mesmo a questão e solicitando fosse o caso resolvido em sessão especial. Debatido o assunto, aquela casa de cultura resolveu dignificar a memória de Domingos Calabar, respondendo nesse sentido ao pedido do Intendente.

É possível que tenha sido essa reunião a primeira assembleia oficial a absolver Calabar da pecha infamante irrogada pelos excessos de um julgamento injusto que lhe maculou a memória durante três séculos ao longo da nossa História. A consequência prática do fato foi a instalação da Praça Calabar, no logradouro limitado pelo “cemitério público d e um lado, pelo quartel da guarda federal e asilo de Santa Leopoldina…”, hoje Praça Afrânio Jorge.

Essa praça, ainda segundo Félix Lima Jr., foi inaugurada festivamente num domingo, 28 de outubro de 1906, sendo Intendente Municipal de Maceió o Dr. Manoel Sampaio Marques. “As 4:30 horas da tarde, presentes o Governador do Estado e altas autoridades, em frente ao Quartel do 33° Batalhão de Infantaria do Exército, o Intendente descerrou as cortinas que cobriam as placas, tendo as bandas de música daquela unidade e da Polícia Militar tocado o Hino Nacional. O orador oficial foi o agrimensor Hugo Jobim, funcionário do Município”. Registra-se que depois do fato houve desfile da forças armadas.

Não se sabe porque o nome de Domingos Fernandes Calabar foi retirado tempos depois para dar lugar ao do eminente Doutor Afrânio Augusto de Araújo Jorge.

(*) Texto de Bráulio Leite Júnior publicado no livro História de Maceió, Edição Catavento, 2000.

 

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