27 de maio de 2022 2:12 por Mácleim Carneiro
Ao ler o artigo, Pirata é a Mãe!, escrito pelo pesquisador de políticas culturais e escritor Leonardo Brant, encontrei alguns questionamentos, sobretudo, sob o ponto de vista aparentemente contextualizado pela modernidade, os quais levaram-me à ideia de trazer para os nossos 14 leitores as perguntas formuladas na abertura do artigo.
Pois bem, são estas as perguntas: “O que é pirataria? Quem são os verdadeiros usurpadores do conhecimento alheio? Quem a pirataria beneficia? E quem atinge? Podemos considerar piratas crianças e jovens que compartilham arquivos, se apropriando do conhecimento gerado por nossa civilização? Quem é o autor de uma obra remixada? Existe obra 100% original? Como sobreviverá o artista diante da proliferação da dita “pirataria”? E a indústria cultural, é necessária numa época de compartilhamento de dados pier-to-pier?”
Diáspora Globalizada
Portanto, suponho que essas perguntas, bastante pertinentes no agora, também já existiram lá atrás, formuladas sobre outro prisma, porém, com os mesmos significados. Deste modo, de fato, não temos novidades! A diáspora foi a globalização, palavra-conceito, que parecia atual e modera. Aqueles que produzem à margem da estrutura formal, nunca tiveram esse tipo de preocupação. E, de certa forma, sempre estiveram na vanguarda do que se discute aqui. Particularmente, nunca obtive lucro financeiro com as minhas produções independentes (discos). Retornos, reconhecimento, satisfação; sim!
Entendo que não cabe ao artista a tarefa de financiar o acesso ao conhecimento por eles produzido, porém, esse acesso deve ser direito de todos. Portanto, como citou Leonardo Brant em seu artigo, “faz-se necessária a discussão do papel do Estado e do mercado na defesa desses interesses contraditórios.”
No + MÚSICABOAEMSUAVIDA!!!