1 de junho de 2022 3:43 por Da Redação
Pré-candidato a presidente, o ex-governador Ciro Gomes (PDT) iniciou mudança em suas posições, seguindo agora em direção aos militares. Ele tenta a aproximação, inicialmente com as Forças Armadas, levantando o tema da Amazônia e da mineração, em especial.
Aqui vale um parêntese: Ciro Gomes trabalhou, e não é segredo, na Transnordestina Logística, subsidiária da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), cujo presidente é o empresário Benjamin Streinbruch.
Mudar a trajetória do discurso trabalhista tradicional, abraçando causas nunca defendidas, é o atalho que o pré-candidato encontrou para tentar crescer junto aos militares. Estes formam uma fatia do eleitorado numericamente pouco significativa, mas, por ser organizada em corporação, com seguidores na sociedade.
Pedetistas ligados à sua campanha admitem que, aproximar-se de grupos militares é a última cartada de Ciro Gomes para sair do terceiro lugar nas pesquisas de opinião. Se nome oscila entre 5% e 8% de popularidade a meses.
O Projeto de Nação traz uma visão conservadora e liberal na economia elaborado por grupos de militares das três armas é a ponte ou a janela aberta pela direita militar autointitulada de nacionalista, mas que precisa\ de um político capaz de defender e convencer setores da sociedade de que essa opção será a mais eficaz para se contrapor ao Projeto de Reconstrução do Brasil defendido por Lula e Geraldo Alckmin.
Para conseguir ingressar e grupos militares, Ciro Gomes terá que apresentar as credenciais exigidas. Uma delas é defender o Projeto de Nação, documento elaborado por grupos de militares das Três Armas, que traz uma visão conservadora e liberal da economia.
O manifesto propõe, por exemplo, que até 2035 o governo comece a cobrar mensalidade em universidades públicas e pagamento ao Sistema Único de Saúde (SUS) das pessoas com renda familiar superior a três salários mínimos que utilizarem os serviços públicos de saúde.
O Projeto de Nação é, na verdade, a janela aberta pela direita militar auto-intitulada de nacionalista, para convencer setores da sociedade de que essa opção será a mais eficaz para se contrapor ao Projeto de Reconstrução do Brasil, defendido por Lula e Geraldo Alckmin. Os militares precisam de um político capaz de defender esse projeto.
Esse nome pode ser o do cearense Ciro Gomes. O apoio da caserna será externado por militares que irão falar de ciência e tecnologia, defesa da Amazônia, das ameaças representadas pelas Organizações Não Governamentais (Ongs) e de criticas ao mercado financeiro. Estes, vale ressaltar, são pontos estratégicos do programa do candidato do PDT, e dos militares, como está dito no Projeto de Nação.
Por isso, o pré-candidato Ciro Gomes continuará virulento contra a esquerda, se preparando para sentar praça abraçando a Infantaria, arma do Exército com a qual se sente mais confortável pelo poder de atacar o inimigo em qualquer terreno.