29 de junho de 2022 1:14 por Mácleim Carneiro
Certa vez, ao ver o saxofonista Everaldo Borges atuando, o maestro Eduardo Morelembaum fez o seguinte comentário: “Se ele tivesse nascido em Nova York, o mundo saberia da sua existência.”
Ele se referia, claro, à musicalidade e talento de um músico local que, por circunstâncias naturais, havia nascido e permanecido em nosso aquário.
Portanto, a primeira vez que vi Pedro Salvador atuando, foi em um desses festivais de música locais. Lembro-me que, na ocasião, eu também tive a mesma impressão que o Edu, em relação ao Everaldo.
Como multi-instrumentista que é, Pedro Salvador tocou e gravou todos os instrumentos, nas quinze faixas que dão forma e conteúdo ao seu álbum homônimo de estreia solo, lançado pelo selo Crooked Tree Records, também de DNA caeté.
Essas informações não estão no envelope do disco que, embora careça de subsídios técnicos, tem uma arte muitíssimo interessante, assinada pela artista Julia Danese.
Acho até que seja mesmo esta a intenção da moçada de uma geração que já se acostumou à fragmentação das informações na plenitude da superficialidade.
Esse é um álbum que exerce o hibridismo como conceito proposital ou pelo simples experimentalismo de um artista irrequieto e criativo.
No +, MÚSICABOAEMSUAVIDA!???