15 de julho de 2022 3:09 por Mácleim Carneiro
Certa vez, um juiz federal do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas, ao acatar uma ação impetrada pelo PSDB, determinou a retirada do ar de uma peça publicitária da Central Única dos Trabalhadores em Alagoas (CUT/AL), veiculada na TV, que apontava as mentiras do governo da época, em relação à segurança pública em Alagoas. De acordo com o presidente da CUT, à época, Izac Jackson, a CUT nada fez além de cumprir o seu papel em alertar à sociedade, para as mentiras veiculadas pelo governo do PSDB, e prometeu recorrer da decisão judicial, que considerou como censura.
Pois bem, o imbróglio repercutiu em todos os sites de notícias e em grande parte dos blogs, principalmente, de jornalistas. Porém, foi no blog Etc e Tal que apareceu a versão mais pitoresca, que apenas demonstrava como tudo depende do lado do balcão em que se está: oprimido ou opressor. Lá, no tal blog, do “Leal” escudeiro do governador, tinha o seguinte ponto de vista: “O que se questiona: Pode a CUT usar dinheiro da entidade para fazer campanha eleitoral? Teria a CUT de Alagoas recursos suficientes para bancar o custo das peças nas emissoras de televisão em horário nobre. Se não tem, quem bancou? Se tem, por que nunca usou esse dinheiro para promover campanhas desse porte em favor dos pleitos dos trabalhadores, seja na iniciativa privada ou poder público?”
Oprimido e Opressor
Agora, vejamos o que poderia ser o lado do oprimido, do ponto de vista de um servidor público do Estado de Alagoas que, à época, não tinha reajuste salarial há quatro anos. Então, parafraseando o tal blogueiro: O que se questiona: poderia o governo do PSDB usar dinheiro público para fazer campanhas mentirosas de cunho eleitoral? Teria o Governo de Alagoas recursos sobrando, para bancar o custo das peças nas emissoras de televisão, em horário nobre? Se não tinha, de onde desviou? Se tinha recursos, e sabíamos que tinha, para onde ia o dinheiro que deveria ser utilizado no saneamento dos graves problemas de responsabilidade daquele governo, para promover o bem-estar do povo alagoano? À época, sabíamos que em Alagoas a saúde, educação, segurança e os servidores públicos, só para citar questões básicas, estavam à míngua, com índices de precariedade nunca vistos antes.
Portanto, tudo não passou do ponto de vista de cada um. Só acrescentei o meu. Um servidor público, sob as agruras impostas por aquele governo neoliberal. O do blogueiro do Etc e Tal, sabíamos da real motivação em forma de um confortável salário em cargo comissionado, nos gabinetes leias ao governo da época, e muito longe de ser e do ser público.
No +, MÚSICAEMSUAVIDA!!!