9 de março de 2020 12:20 por Marcos Berillo
Um plano de lutas semestral em defesa das mulheres brasileiras e contra o fascismo e foi definido pela Coordenação Nacional do Movimento de Mulheres Olga Benario. O plano, que começou neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, contra o governo de Jair Bolsonaro (sem partido).
Em maio, será realizada a “Campanha nacional pelo direito à creche” em 16 cidades brasileiras e exigir das prefeituras que garantam um local digno para que as mães possam deixar os filhos. No mês de junho, o movimento promove a “Campanha de formação de núcleos do Olga”, para construção de mais núcleos em cada cidade, local de trabalho, bairros populares, escolas e universidades. E até julho serão realizados encontros estaduais do Olga para debater a política e fortalecer o movimento.
De acordo com o comando, “diante do aumento da precarização de trabalho, do aumento do assédio moral e sexual e do desemprego, realizaremos, em conjunto com o Movimento Luta de Classes (MLC) e demais sindicatos, encontros das mulheres trabalhadoras”. O objetivo é organizar as mulheres para lutar e resistir diante da atual conjuntura nacional.
“Nós, mulheres brasileiras, temos um grande desafio neste ano devido ao neofascista na Presidência da República, Jair Bolsonaro. Estaremos, portanto, diante de um novo tipo de governo, muito diferente de outros que ocorreram nos últimos anos. Prova disso é que, nas primeiras semanas de 2019, o presidente assinou um decreto que facilita a posse de armas no país. O direito à posse é a autorização para manter uma arma de fogo em casa ou no local de trabalho”, diz a Coordenação do Nacional do Movimento de Mulheres Olga Benario
E destaca que “o Brasil é um dos lugares mais perigosos para ser mulher no mundo. Segundo levantamentos feitos pela ONU, somos o quinto país com maior número de feminicídios. Apenas em 2017, mais de 4.500 mulheres foram assassinadas e os números nos casos de estupro são alarmantes, superando as 60 mil mulheres por ano”.
Lembra ainda coordenação do Olga Benario que “temos as lutas quanto ao mercado de trabalho, a nossa inserção e o direito à aposentadoria”.