domingo 22 de dezembro de 2024

Paulo Dantas larga com vantagem no segundo turno da eleição para governador em AL

19 de dezembro de 2022 5:29 por Da Redação

O governador Paulo Dantas | Divulgação

O governador de Alagoas Paulo Dantas (MDB) obteve 46,64% dos votos e vai disputar o segundo turno das eleições com o senador Rodrigo Cunha (UB), que teve 26,79%. A diferença dele para Rodrigo Cunha foi de 20 pontos percentuais.

Ele não teve dificuldades. Ao assumir a dianteira nas pesquisas, o emedebista continuou crescendo numa curva ascendente e era o único nome garantido nesta segunda fase da eleição.

Além disso, Dantas terá em seu palanque o ex-presidente Lula (PT). Em Alagoas, o petista teve 56,50% dos votos, uma ampla vantagem de 20 pontos sobre Bolsonaro, que teve 36,05%.

Outro fator relevante foi a eleição de uma bancada de 14 deputados estaduais, quatro deputados federais e o senador Renan Filho, além de ter sido o vencedor em 83 municípios.

Já Rodrigo Cunha entra na disputa do 2º turno abatido. Ele teve que disputar a vaga com Fernando Collor (PTB) e Rui Palmeira (PSD), dois adversários que exigiram mais esforços do que havia projetado. Mesmo superando os adversários, a disputa renhida lhe desferiu golpes, deixando marcas.

O candidato Rodrigo Cunha | Divulgação

O governador Paulo Dantas, por sua vez, entra no 2º turno com larga diferença sobre Rodrigo Cunha. Está em franca ascensão e tende a ampliar o seu espectro de alianças em Maceió e no interior.

Collor, o derrotado

A candidatura de Fernando Collor é a que mais sofreu avaria durante a campanha. O resultado foi vexaminoso: obteve apenas 14,71% dos votos. O potencial de sua candidatura era avaliado a partir de um piso mínimo para a largada, de 15% dos votos, sem que fossem agregados os sufrágios bolsonaristas. Ficou abaixo do tal piso eleitoral. Assumiu a candidatura presidencial de Jair Bolsonaro (PL), mas, não conseguiu que a transferência de votos lhe beneficiasse.

O senador Fernando Collor | Divulgação

Collor é o principal derrotado nas urnas de 2022, no 1º turno. Emparedado pelo chefe do Centrão, deputado Arthur Lira (PP), passou pela maior desidratação eleitoral que um político com a sua trajetória sofreu nos últimos tempos.

A derrota do senador Fernando Collor é a pá de cal que faltava para ser sepultado politicamente.

Um honroso quarto lugar

Rui Palmeira obteve 10,38% dos votos. É uma votação aquém do que estava esperando. Mas, em política, o resultado eleitoral é, muitas vezes, produto do que o candidato foi capaz de construir para viabilizar a sua candidatura com a antecedência necessária.

A montagem das chapas das candidaturas proporcionais é um dos pontos relevantes e passa pela abertura de dialogo visando ampliar o espectro eleitoral para fortalecer a candidatura.

Rui Palmeira | Pei Fon/ Secom Maceió

Esse caminho não foi suficientemente trilhado pro Rui Palmeira. As dificuldades nem sempre são tornadas públicas. O fato concreto é que Rui Palmeira não conseguiu firmar alianças sólidas. Lançou-se candidato a governador quase solitário, o único aliado disponível foi Antônio Albuquerque e sua família.

Esse aliado pode ter aberto alguns espaços no interior. No entanto, essa companhia o impediu de fazer o discurso, ainda atual, contra a violência política em Alagoas. Além disso, Palmeira não tinha candidatura ao Senado e nem candidato a presidente da República.

A derrota eleitoral não o tira das disputas políticas que virão. É um nome que pode representar uma rearrumação eleitoral em 2024, em Maceió. Essa é uma perspectiva para o futuro que se aproxima.

O apoio de Rui Palmeira deverá ser buscado pelo candidato Paulo Dantas. Esse é um caminho lógico, apesar de que, em política, a lógica muitas vezes é contrariada.

Cícero Albuquerque, o campeão dos debates

O professor Cícero Albuquerque sai da disputa eleitoral para o governo de Alagoas com apenas 1,17%. Eleitoralmente, é um número pouco significativo. A derrota eleitoral nem sempre encobre a “vitória” política ou programática numa campanha.

Para quem se candidatou com menos de 20 segundos no Guia Eleitoral e parcos recursos financeiros recebidos através do Fundo Eleitoral, o desempenho de um candidato não pode ser desprezado.

Cícero Albuquerque diz que sua candidatura propõe uma saída fora dos compromissos políticos tradicionais | Divulgação

A sua participação nos cinco debates ocorridos nas televisões abertas, por assinatura e pela internet, conferiu-lhe excelência em todos, no quesito referente à apresentação de propostas, na elegância ao se referir aos seus oponentes – sem deixar de criticá-los, em alguns momentos com veemência – e na exposição e defesas dos temas propostos.

Esse é o ganho de capital que o historiador saiu do processo eleitoral e que deve pensar sobre como administrá-lo.

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