19 de dezembro de 2022 4:41 por Da Redação
A partir de sua posse, no dia 1º de janeiro próximo, o governador Paulo Dantas (MDB), agora com um mandato inteiro (4 anos), deverá montar o novo governo com as forças políticas que o apoiaram. Essa questão parece simples, ou apenas um detalhe burocrático, mas não é.
A nova estrutura do governo de Alagoas deve corresponder, na medida do possível, ao que o governo Lula apresentará à sociedade. A formação e o perfil do novo secretariado deverão dialogar com o que será montado pelo governo federal.
O governador Paulo Dantas precisa ficar atento a agenda apresentada pelo presidente Lula durante a campanha, que vem sendo confirmada nas declarações pós-eleito, como fez na semana passada no Egito, durante a Conferência do Meio Ambiente, a Cop27.
A pauta de temas apresentados pelos movimentos sociais a Lula, passa pela juventude, mulheres, direitos humanos, LGBTQIA+, povos originários, quilombolas, meio ambiente/clima, pessoas com deficiência, pessoas em situação de rua, desigualdade social, além da segurança pública. A fome é o principal ponto a ser erradicado.
São políticas públicas que foram destroçadas nas gestões de Michel Temer e Jair Bolsonaro, e que, para serem retomadas, exigem a criação de órgãos e secretarias que façam interface com o governo federal.
Para que Alagoas continue avançando, o governador Paulo Dantas não terá outro caminho senão reduzir extraordinariamente a desigualdade social, investindo recursos públicos massivamente, e com inteligência, nas localidades onde está concentrada a população excluída. Para tanto, terá que rearticular o arranjo político atual, de forma a implementar com eficiência as políticas públicas que serão implantadas com prioridade pelo presidente Lula.
Neste sentido, Paulo Dantas não pode ficar preso ao passado, nem temer a crítica dos adversários.