21 de novembro de 2023 5:46 por Vanderlei Tenório
No dia 20 de novembro, o mundo se unirá para celebrar o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trânsito, uma iniciativa instituída em 1993 pela RoadPeace, uma organização social sediada no Reino Unido. O objetivo primordial da data é homenagear as vítimas de acidentes viários, contando com o respaldo inicial da Federação Europeia e diversas organizações parceiras que passaram a promover diversas ações de conscientização global.
O Brasil figura como o terceiro país com maior número de mortes no trânsito em escala global. A média anual de fatalidades nos últimos anos alcança a alarmante marca de 6,3 mil pessoas, acompanhada por mais de 65 mil acidentes nas rodovias. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil ocupa o terceiro lugar mundial em mortes no trânsito, ficando atrás apenas da Índia e da China no ano de 2018.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) destaca que mais de 3,5 mil pessoas perdem a vida diariamente nas vias, resultando em cerca de 1,3 milhão de mortes evitáveis anualmente e aproximadamente 50 milhões de pessoas lesionadas. Os acidentes de trânsito assumem, assim, a 12ª posição no ranking global de causas de morte, tornando-se a principal causa de óbito entre crianças e jovens com idades entre 5 e 29 anos. No Brasil, as mortes no trânsito ocupam a oitava posição entre as principais causas de óbito.
Um dado preocupante revelado por pesquisa da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (ABRAMET) aponta que cerca de 60% dos acidentes registrados nas rodovias brasileiras no último ano foram provocados por fadiga e sonolência excessiva.
Além disso, estudos indicam que a saúde física e mental dos caminhoneiros pode estar diretamente ligada à ocorrência de acidentes envolvendo esses veículos. A ABRAMET analisou aproximadamente 250 mil acidentes, resultando em 208.716 feridos e 12.449 mortos.
Contudo, com base nos registros da PRF, especialistas agruparam os acidentes em categorias principais, identificando a falta de atenção na condução, o consumo de álcool, a ingestão de substâncias psicoativas, a fadiga, a restrição à visibilidade e eventos de mal súbito como os fatores mais recorrentes.
Esses dados ressaltam a urgência de medidas efetivas para enfrentar o crescente desafio global dos acidentes viários.