Um protesto marcado para esta quarta-feira (6), a partir das 6 horas, vai reunir vítimas da Braskem que precisaram deixar suas casas nos bairros de Maceió afetados pela mineração, além de famílias que moram nas bordas do mapa de risco e pessoas indignadas com os prejuízos do iminente colapso da mina 18, no bairro do Mutange. A concentração será em frente ao Centro de Apoio Operacional (Caop) do Ministério Público de Alagoas (MPAL), na Avenida Fernandes Lima.
“Não é possível que uma cidade inteira esteja sendo tomada de assalto por uma mineradora criminosa sem que a gente proteste, sem que as pessoas vão para a rua. E sem que a gente cobre a devida urgência das providências que os políticos precisam tomar”, explicou o empresário Alexandre Sampaio, que é presidente da Associação dos empreendedores e Vítimas da Mineração em Maceió e integrante do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB).
Crime socioambiental
A maior tragédia socioambiental em área urbana do mundo começou em 2018, quando começaram a ser sentidos os efeitos da extração de sal-gema e cinco bairros de Maceió apresentaram afundamento de solo devido à extração do mineral. Apesar de não ter havido mortes diretas, cerca de 60 mil pessoas tiveram de ser removidas de suas casas devido aos riscos de desabamentos. Muitas construções foram demolidas.
Na semana passada, após novos tremores de terra serem sentidos no bairro do Pinheiro, foi anunciada a possibilidade de um colapso na mina de número 18, localizada na região do antigo campo do CSA, no bairro do Mutange. Caso o teto da mina ceda, os efeitos ainda são imprevisíveis.