26 de janeiro de 2024 8:45 por Da Redação
Enquanto o prefeito JHC gasta R$ 33 milhões em festas – R$ 10 milhões para o São João 2023, R$ 15 milhões para o Verão Massayó e R$ 8 milhões para a Escola de Samba Beija-Flor –, um crime contra a primeira infância da capital alagoana é cometido à luz do dia.
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maceió tem 36.982 crianças com idade de 0 a 3 anos. Mas, segundo a Secretaria Municipal de Educação (Semed), a gestão do Município oferece vagas em creches para apenas 3.543 delas. Já na pré-escola, somente estão matriculadas 6.817 do total de 29.108 crianças com idade entre 4 e 5 anos.
Na capital alagoana, onde é crescente a demanda por creches, a situação se agrava com a postura do prefeito João Henrique Caldas, o JHC, de recusar incluir na rede municipal creches que foram construídas em parceria da Prefeitura com o governo do Estado.
Por ter sido construída na gestão de adversários políticos, JHC recusou a Creche Cria da Grota do Cigano, no bairro do Jacintinho. Denominada Centro Educacional Infantil Mônica Valéria Pimentel Cardoso, professora da rede estadual que faleceu de Covid, em 2021, a creche vai atender 200 crianças e gerar 50 empregos diretos.
São vagas que deveriam estar na rede de Educação de Maceió, se não houvesse interesses políticos movendo a gestão pública.
O Governo de Alagoas está construindo 15 creches-cria em Maceió, cada uma com 400 vagas, totalizando seis mil novas matrículas, totalmente desprezadas por JHC. É papel dos municípios atender à demanda por creche para garantir que crianças tenham acesso à educação infantil. Conforme a Lei de Diretrizes Básicas da Educação, a educação infantil compreende creche, de 0 a 3 anos, e a pré-escola, de 4 a 5 anos.
A creche da Grota do Cigano foi construída pelo então governador Renan Filho (MDB), num projeto desenvolvido em parceria com o município. Porém, ao assumir, o prefeito JHC se negou a assumir o equipamento, sob a alegação de que a creche fora construída por adversários.
Mais preocupado com o embate político do que com o interesse da população, o prefeito de Maceió transformou centenas de mães que esperam a chance de matricular seus filhos nas creches públicas, para trabalhar ou sair em busca de um emprego, em adversárias.
O prefeito poderia triplicar as vagas nas creches de Maceió caso aceitasse as unidades que estão sendo oferecidas pelo governo estadual. Porém, a politicagem mesquinha está prevalecendo e as crianças acabam pagando o pato.