23 de fevereiro de 2024 12:30 por Da Redação
O senador Renan Calheiros (MDB/AL) avalia que a mineradora vai conseguir impedir o aprofundamento das investigações que podem mostrar o que de fato aconteceu nos bairros Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e Farol, pois já tem apoio da maioria dos membros da CPI da Braskem. Entre eles está o senador Rodrigo Cunha (Podemos/AL).
Autor da proposta de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI da Braskem), destinada a investigar o crime socioambiental provocado pela mineradora, que resultou no afundamento do solo nos cinco bairros de Maceió, o senador emedebista queria a relatoria ou a presidência. Ele apontou os senadores baianos Otto Alencar (PSD) e Jacques Wagner (PT), com apoio do deputado federal Arthur Lira (PP/AL), como responsáveis pela articulação que lhe tirou os dois principais cargos na comissão.
O senador alagoano esbarrou numa articulação que teve até o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, agindo para freá-lo. Ao ser anunciada a indicação de Rogério Carvalho (PT/SE) para a função de relator, Renan Calheiros reagiu deixando a CPI que propusera e para a qual conseguiu 45 assinaturas. Mas antes disparou contra “as mãos ocultas” e a “costura política” entre os dois parlamentares da Bahia e a Novonor, antiga Odebrecht, controladora da Braskem, que amarraram sua pretensão.
Enquanto isso, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM) informa que o plano de trabalho da Comissão será apresentado no plenário da CPI na próxima terça-feira (27), às 10h.
Com Agência Senado