11 de março de 2024 10:07 por Da Redação
O diretor-presidente do Instituto do Meio Ambiente (IMA), em Alagoas, Gustavo Ressurreição Lopes, vai ser inquerido pela Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado Federal que investiga o crime ambiental provocado em Maceió, pela multinacional Braskem S/A, em sessão marcada para às 9h desta quarta-feira, 13. Na mesma sessão da chamada CPI da Braskem, será ouvido o coordenador municipal da Defesa Civil Municipal, Abelardo Pedro Nobre Júnior.
No cargo desde 2015, Gustavo Lopes, de 38 anos, foi convocado para falar sobre a responsabilidade socioambiental da Braskem no “Caso Pinheiro”. Assunto sobre o qual ele deverá apresentar bastante informação já que autorizou a mineradora a ampliar suas atividades em Maceió, concedendo a ela licenças para a instalação de14 minas na região do Mutange/Bebedouro.
A licença, publicada no Diário Oficial do Estado, edição de março de 2016, autorizou a operação dos poços 17, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37 e 38. Um ano antes, em maio de 2015, Gustavo Lopes assinou a licença que permitiu à Braskem construir e explorar o salmouroduto, usado para transporte de salmoura (sal e água) das minas, em Bebedouro, até sua unidade de cloro/soda, no bairro Pontal da Barra.
Já o diretor da Defesa Civil Municipal, Abelardo Nobre, que, segundo levantamento da Agência Tatu, com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu R$ 7 mil da Braskem para sua campanha a deputado estadual, no pleito de 2014, foi convocado para prestar esclarecimentos sobre os diversos acordos firmados pela mineradora com as populações das áreas atingidas pelas consequências da mineração descontrolada.
A sessão está marcada para às 9h desta quarta-feira, 13, no anexo II, ala Senador Nilo Coelho, Plenário nº 6.