16 de abril de 2024 4:53 por Da Redação
Os senadores membros da CPI da Braskem suspenderam a visita que fariam aos bairros destruídos pela mineração de sal-gema, em Maceió. A inspeção in loco estava marcada para esta quarta-feira, 17.
Viriam o senador Rodrigo Cunha (Podemos/AL), que propôs a visita, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), o relator, senador Rogério Carvalho (PT-SE), e outros parlamentares.
A suspensão foi divulgada pelo presidente da Associação dos Empreendedores Vítimas da Mineração em Maceió e membro da Coordenação do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB), Alexandre Sampaio, que considerou a decisão salutar.
Segundo ele, a visita desta quarta-feira seria por apenas 5 horas, tempo insuficiente diante da dimensão da tragédia que a Braskem provocou em Maceió. Desse tempo, ao menos 2 horas seriam perdidas no trânsito entre o aeroporto Zumbi dos Palmares e a área destruída pela mineração.
“Os senadores devem passar aqui dois dias inteiros, durantes os quais, além das áreas destruídas, devem se inteirar da realidade das famílias que estão nos Flexais, na Marquês de Abrantes, na Vila Saem” – disse Sampaio.
Para ele, além de ver a destruição nos bairros do Pinheiro, Mutange, Bom Parto, Bebedouro e Farol, os senadores devem promover uma reunião ampliada com representantes do Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, Defensoria Pública do Estado, Defensoria Pública da União e das vítimas.
“Não dá pra os procuradores e procuradoras ficarem encastelados como se os acordos tivessem sido perfeitos. A vinda da CPI só terá sentido se criarmos fatos relevantes. Do contrário será só jogo de cena” – alerta o dirigente do MUVB, e uma das mais de 60 mil vítimas da Braskem.