17 de abril de 2024 10:01 por Da Redação
O presidente da Câmara Federal, o deputado Arthur Lira (PP-AL), eleito duas vezes para o cargo, apresenta postura de primeiro-ministro. É o articulador e porta-voz do Centrão, comporta-se como um dirigente sindical do bloco que nada mais é do que um grupo informal de deputados de várias siglas.
Lira atua, sem disfarce, para tentar emparedar politicamente o presidente Lula, fazendo chantagem com a pauta da Câmara Federal. Os desencontros ocorridos nos bastidores acontecem por Lira não ter certeza de que Lula vai apoiar o seu indicado para disputar a Presidência da Câmara.
A diferença entre Lira e Bolsonaro será sentida na reta final da passagem do deputado alagoano na presidência da Câmara.
Os últimos meses dele no comando da casa legislativa vão deixar o deputado cada vez mais nervoso e, se a curva ascendente da economia continuar, a mudança no comando do Banco Central e os resultados das políticas públicas aparecerem, a sucessão de Arthur Lira terá outro rumo.
O mecanismo para conquistar a vitória não passa, definitivamente, pela arrogância e virulência. O governo tem força política e habilidade para contornar os rompantes do deputado Arthur Lira. A maioria de votos conquistada na reeleição, inclusive com o apoio do PT, não se repetirá em fevereiro de 2025.
O deputado Arthur Lira, ao anunciar que é inimigo pessoal do deputado federal e ministro Alexandre Padilha, entregou a senha, para os demais deputados, de que o seu poder está se exaurindo.
O ano mal começou e já indica que, nos próximos meses, os deputados e senadores ficarão dedicados, exclusivamente, às eleições municipais.
A demissão do seu primo da Superintendência do Incra em Alagoas é um sinal emitido tangencialmente.
Há projetos de interesse do governo que estão tramitando na Câmara, que poderão sofrer retaliação de Arthur Lira. Vamos continuar na expectativa para saber quem dará o segundo passo.
Quem pode mais, chora menos!