19 de abril de 2024 9:20 por Da Redação
Moradores dos bairros Flexal de Cima e Flexal de Baixo estão reclamando apoio dos órgãos municipal, estadual e federal de meio ambiente para impedir o desmatamento de área de mata naquela região. Em vídeo publicado na rede social Instagram, o morador que se identifica como Jackson Douglas (@jacksondouglas_82) acusou a mineradora Braskem de pretender arrancar árvores e toda vegetação do local, para edificar uma construção que a comunidade não sabe do que se trata.
“Essa é uma área de preservação, aqui tem animais diversos como raposa, tejo, gato do mato. Não pode ser destruída” – reclama o morador, pedindo que o Instituto do Meio Ambiente (IMA/AL) e o Instituto Brasileiro de Preservação Ambiental (Ibama) fiscalizem e garantam que nada seja construído no local.
Diferente da população dos outros cinco bairros destruídos pela mineradora Braskem S/A, que foram indenizadas por estarem em áreas de risco de afundamento, quem vive nos Flexais de Baixo e de Cima segue lutando para também ser realocado. Embora situados próximos às minas de sal-gema que, após 40 anos de exploração irregular, ameaçam afundar parte de Maceió, esses dois bairros não foram condenados pela Defesa Civil Municipal.
Como não foi incluída nos mapas dos órgãos de Defesa Civil que definiram as áreas com risco de afundamento, a população dos Flexais se sente totalmente isolada. Em seu entorno não há comércio, escolas, hospitais ou outros serviços públicos, pois tudo foi destruído pela mineração que acabou com os bairros do Mutange, Bom Parto, Bebedouro, Pinheiro e Farol.