22 de abril de 2024 3:53 por Da Redação
Por Elias Fragoso*
Este país vem se desminlinguindo desde o segundo governo de FHC. Nos costumes, na política, na economia, na educação, na saúde, na segurança publica e tantos mais segmentos. Especialmente no quesito liberdades individuais tem dedicado atenção prioritária a encontrar formas e meios mais efetivos e patrióticos (sic) para restringir as liberdades coletivas dos seus cidadãos. Numa estranha e “inovadora” engenharia social reversa dos direitos dos povos.
Para certos setores, a liberdade de expressão tornou-se nesses tempos digitais uma ameaça diuturna às suas trapaças, trambicagens e coisas do gênero. É considerada por eles, o maior perigo às suas iniciativas heterodoxas. E para fazer valer os seus pontos de vista vale tudo, até cercear a liberdade de expressão. O que deveria ser o direito à livre manifestação do pensamento se torna, dia após dia, um exercício de contornos surrealísticos dos que querem se assenhorar da prerrogativa de como a população, a mídia, as empresas devem se comportar. Na verdade, no fundo o que eles defendem é que para haver democracia, a liberdade precisa ser “controlada”.
No entanto, quando se coloca essas questões à luz do sol retirando-as das sombras plúmbeas, desinfeta-se o que de fato há por detrás disso: a hipocrisia, a má fé e o jogo de interesses próprios que esses “arautos ao contrário da liberdade” querem impingir à Nação.
Até onde se saiba nenhum defensor da liberdade de expressão jamais se manifestou para que o direito à palavra, falada ou escrita, estivesse fora da Lei. É óbvio que é preciso ter limites claros e bem definidos. Que, aliás, já estão inscritos na Constituição deste país. Qualquer coisa, além disso, é censura.
Não estamos tratando aqui do lixo que toma conta de boa parte das redes sociais. Este tem que ser banido. Como não estamos tratando aqui do jornalismo profissional, nem das pessoas de bem impedidas de emitir opiniões sobre os poderosos de plantão e as meizinhas deste país. Nem de tantos e tantos outros ameaçados de se exprimirem livremente.
O anseio da Nação pela verdade e a honestidade e o seu direito de estar bem informada está sendo utilizado para impor a lei do silêncio a temas que desagradem aos poderosos de plantão. E isso nada mais é que o medo de ver desnudados os seus malfeitos, mesmo sendo o Brasil um país de tantos malfeitos.
Em Maceió o historiador e jornalista Geraldo de Majella, líder do site 082 Notícias está sendo vitima deste tipo de patrulha à opinião. De cerceamento ao direito da imprensa de informar e opinar sobre os temas que afligem a essa cidade e a esse estado. Trata-se de mais um ato de truculência e arbitrariedade cometido pelo prefeito da Capital.
Afinal, o que Majella noticiou estava nas páginas dos principais jornais, rádios e TVS brasileiras com críticas até muito mais acesas sobre o que foi o desperdício de 8 milhões de reais gastos pela prefeitura de Maceió para bancar o desfile de uma escola de samba do Rio de Janeiro, cujo patrono é um contraventor penal com várias passagens pelas cadeias do seu estado.
Nossa solidariedade ao Majella. E que você não se intimide. A luta é de todos que querem respirar liberdade. E que ela “abra as asas sobre nós”.
*É economista, professor e escritor