O domínio do Orçamento da União é o principal objetivo do presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (PP-AL). O exercício da Presidência da Câmara faculta poderes extraordinários para alocar recursos públicos, por intermédio da Comissão de Integração Nacional, para beneficiar as suas bases eleitorais em Alagoas.
A parte que coube até o momento ao deputado alagoano alcança valores extraordinários, como os R$ 320 milhões em emendas parlamentares somente no primeiro semestre de 2024.
Estão aprovados no Orçamento de 2024 mais de R$ 15 bilhões para as indicações dos colegiados. A distorção se tornou norma na feitura do orçamento comandada pelo deputado do Centrão e aliado de Arthur Lira.
A eleição para a Presidência da Câmara em fevereiro de 2025 tem como fonte de atração de votos a participação dos deputados no bolo orçamentário que agora vem sendo executado através das Emendas Pix.
Os olhos do deputado Arthur Lira estão voltados para três momentos: as eleições municipais, a eleição para a Presidência da Câmara, onde quer fazer o seu sucessor, e as eleições de 2026. Esse é o calendário eleitoral que as Emendas Pix vão alcançar.
No meio do caminho apareceu o ministro Flávio Dino para barrar a farra, pelo menos, temporariamente.
Quebra de braço
Os deputados liderados por Arthur Lira vão tentar driblar, mais uma vez, o Supremo Tribunal Federal (STF) com o intuito de continuarem usando livremente as Emendas Pix e alimentar a cadeia produtiva de parte da economia marginal gerada em torno do rastro de corrupção que esse sistema cria e expande no país.
Em Alagoas, um dos carros-chefes da operacionalização das emendas tem sido a Codevasf, dominada por Arthur Lira.
O período do reinado de Arthur Lira na Câmara Federal está na reta final, mas, ainda há muita munição para ser usada. Do outro lado, na defesa da legalidade, está o ministro do STF, Flávio Dino que já demonstrou não ter medo de cara feia de militar e nem de bolsonarista.
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O Brasil é dominado por criminosos