A fraude eleitoral, materializada na compra de votos, ocorre à luz do dia e é a garantia da eleição de boa parte dos vereadores em Maceió e no interior de Alagoas. A “institucionalização” desse crime é uma realidade comentada no plenário da Câmara, nos corredores e gabinetes.
A bolsa de apostas informal já possui pré-listas dos que serão reeleitos e dos novatos, assim como os valores aproximados de quanto custará cada mandato em 6 de outubro.
A Polícia Federal, o Ministério Público Eleitoral e o Tribunal de Contas (TC) formam o tripé institucional que pode mudar o rumo das eleições em Maceió.
O recrutamento de eleitores para grupos que variam de 20 a 50 pessoas é ilimitado e ocorrw abertamente em igrejas, associações, institutos, times de futebol, entre vizinhos e em mesas de bares. O valor de referência é de R$ 150,00 por voto, enquanto os coordenadores de grupo recebem uma remuneração de R$ 500,00 pelo trabalho de cada grupo.
As listas incluem o nome completo, o número do título, a zona e a seção eleitoral.
A Polícia Federal, que desvenda organizações criminosas sofisticadas, não pode demorar para desmantelar os tentáculos que fraudam as eleições e corroem a democracia brasileira.