As redes sociais têm se mostrado o meio mais eficaz para denunciar a violência política durante a campanha eleitoral em Alagoas e no Brasil. As disputas eleitorais têm escalado para ameaças e violência física.
O advogado e candidato a vereador Marcondes Costa (PDT) formalizou uma denúncia à Polícia Federal (PF) sobre a compra de votos escancarada em Maceió. Ontem (2), ele foi alvo de vários disparos de arma de fogo e, em seguida, denunciou o ocorrido à PF.
O uso de policiais, guardas municipais e “seguranças contratados” para intimidar adversários tem aumentado. Mais situações desse tipo estão sendo registradas em vídeo e postadas nas redes sociais.
Denúncias de compra de votos têm sido frequentes, e a PF tem realizado apreensões em flagrante, embora os valores confiscados de pessoas vinculadas a candidatos, nas saídas de agências bancárias, sejam pouco expressivos.
É provável que os milionários que compram votos em Maceió e no interior de Alagoas já tenham sacado de suas contas bancárias o montante necessário ou o que foi possível para realizar as compras na reta final da campanha.
Especialistas em eleições estimam que, em Maceió, os compradores de votos irão movimentar o mercado, injetando mais de R$ 150 milhões. Esse valor é associado tanto aos vereadores que buscam a reeleição quanto a uma parte expressiva dos candidatos que disputam uma das vagas, que nesta eleição, aumentaram de 25 para 27.
A Polícia Federal é quem ainda pode reduzir os danos à democracia caso venha a estourar as “bancas da compra de votos” instaladas no território alagoano prendendo os principais criminosos.
É certo que o processo eleitoral já está contaminado e não se pode falar em eleições democráticas e limpas em Alagoas e no Brasil. O que antecede a votação é a violência e a compra de votos. As urnas são seguras e invioláveis, mas o processo eleitoral é tomado pela corrupção.