26 de junho de 2020 11:06 por Thania Valença
Com origem no Rio de Janeiro, o Movimento de Policiais Antifascismo está também em Alagoas. Com bandeiras de lutas reivindicatórias bem definidas, que vão da reestruturação e desmilitarização das polícias, carreira única, fim do inquérito policial à municipalização, o movimento reúne policiais civis, militares, federais, rodoviários e guardas-municipais que têm uma visão política das questões de classe e sociais.
Com esse comprometimento, os integrantes do Movimento fizeram hoje, no Hospital Geral do Estado (HGE), no bairro do Trapiche, em Maceió, uma ação de solidariedade e agradecimento aos trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Único de Saúde (SUS). Com cartazes e distribuindo flores, além da homenagem aos profissionais, os participantes explicaram que o ato teve como razão a defesa do SUS como única alternativa de assistência a população.
“A pandemia provocada pelo Covid 19 atingiu número alarmante no Brasil, mercê da omissão do governo Jair Bolsonaro que preferiu negar os efeitos, empurrando a população ao abismo. Não por acaso somos um dos líderes em contaminados e o segundo país em número de mortos superando China, Índia , toda Ásia e África” – diz a Nota de Solidariedade distribuída pelo Movimento.
Alertando a população alagoana para a necessidade de fortalecimento e defesa do SUS, eles pedem que o governo devolva ao Sistema os recursos retirados pela Emenda Constitucional 95. Encaminhada pelo governo do então presidente Michel Temer com o argumento de equilíbrio das contas públicas, a EC 96 foi promulgada em 2016, criando um rígido mecanismo de controle de gastos.
Tais medidas geraram diretamente uma perda de R$ 9,5 bilhões para o SUS, em 2019.
O Movimento dos Policiais Antifacismo exige que esses recursos sejam devolvidos ao Sistema Único de Saúde.
“Afirmamos a importância do sistema público e defendemos o SUS, que mesmo com a imposição de cortes orçamentários, mercê da política de arrocho aos gastos públicos, prova para o mundo que o cuidado com a saúde do povo deve ser prioridade de todo governo” – afirma a Nota, na qual o movimento se solidariza com os trabalhadores.
Para os policiais, nesse cenário catastrófico, “o trabalho desempenhado pelos profissionais da saúde, demonstra imensurável compromisso e apreço pela vida humana”.