3 de maio de 2021 6:48 por Geraldo de Majella
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) em Alagoas foi reorganizado em 1985. Perdeu e ganhou eleições, durante doze anos administrou Maceió e por oito anos Alagoas foi governada pelos socialistas em aliança com a esquerda e o centro. Há um legado histórico construído na capital e no estado a ser lembrado sem causar vergonha ou constrangimento. O PSB dialogou com os movimentos sociais, de defesa dos direitos humanos e também com os pequenos, médios e grandes empresários.
O PSB foi se transformando nos últimos anos numa legenda tóxica para os movimentos sociais e se constituiu num agrupamento bolsonarista para vergonha dos seus fundadores e antigos filiados. Hoje é um covil de direitistas que tem como plataforma o armamentismo e a necropolítica, bem como o ódio aos pobres.
A bancada “socialista”, composta por Fábio Costa (delegado da polícia civil), Francisco Sales e Siderlane Mendonça, está à disposição para empalmar as propostas mais reacionárias e, principalmente, as que pressionem e humilham a População em Situação de Rua.
A virulência com que o vereador Fábio Costa se dirigiu, na porta da Câmara Municipal, ao professor Helton Santos, que em companhia de outros manifestantes protestavam contra a aprovação do projeto de lei que concede o título de cidadão honorário de Maceió a Jair Bolsonaro, é uma demonstração insofismável do quanto é intolerante, preconceituoso e intimidatório. Acusar o professor de maconheiro é o que simboliza a sua atuação como vereador.
A atual legislatura tem alguns dos mais virulentos bolsonaristas; dois estão agasalhados no PSB: Fábio Costa e Siderlane Mendonça; o terceiro é Leonardo Dias, do PSD. Essa bancada é a ponta de lança do que há de mais atrasado e reacionário.
É necessário acompanhar a atuação parlamentar desses e de outros vereadores para denunciá-los e mostrar o quanto são nocivos à sociedade. O professor Helton Santos é a primeira vítima pública desse vereador, mas não é possível deixar passar isso despercebido. O violento em geral age sob o manto da impunidade; o vereador sabe disso de ofício e como delegado tem conhecimento de como funciona a violência institucionalizada.
Agora como vereador, os seus atos são públicos e não pode fugir das suas responsabilidades. Os movimentos sociais e a cidadania ativa estão olhando a sua conduta e a dos demais. O PSB não vai se manifestar contrariamente ao seu campeão de votos; esse comportamento violento foi incorporado como uma plataforma de governo.
O PSB em Alagoas é uma legenda tóxica.
1 Comentário
Minha solidariedade ao professor Helton.?