sexta-feira 26 de abril de 2024

Braskem ignora apelo de novas vítimas de afundamento e aponta responsabilidade da Defesa Civil de Maceió

10 de agosto de 2021 9:52 por Da Redação

Lúcia Carvalho chora ao falar sobre seu apartamento, agora em risco | Fotos: Reprodução AL TV

A empresa Braskem S.A, responsável pelo afundamento do solo que já destruiu 5 bairros  de Maceió, voltou a ignorar o apelo das novas vítimas do crime ambiental que provocou ao explorar, de forma desordenada, minas de sal-gema existentes na capital alagoana. A erosão do solo cresce a cada dia, aproximando-se cada vez mais da Avenida Fernandes Lima, um dos maiores corredores de trânsito da cidade.

Agora são moradores de imóveis situados no lado direito (sentido Centro) da Rua Belo Horizonte, que enfrentam o pavor de verem suas casas desabar por conta de rachaduras. Em reportagem que foi ao ar no AL TV, a TV Gazeta de Alagoas mostrou que o sentimento das famílias atingidas agora, é o mesmo das milhares de outras que já tiveram seus imóveis incluídos no Mapa de Setorização de Danos e de Linhas de Ações Prioritárias, produzido pela Defesa Civil municipal.

Marcela cobra resposta da Defesa Civil

Com fotos e vídeos mostrando muros e paredes rachadas, com claro risco de desabamento, os moradores cobram a inclusão de seus imóveis nesse Mapa, popularizado como Mapa de Criticidade, que cresce com freqüência assustadora. Em nota enviada a produção do AL TV, a Braskem informou que a solicitação das vítimas deve ser encaminhada à Defesa Civil.

Segundo a reportagem, a DC disse, também em nota, que vai analisar a solicitação encaminhada por ofício.

“Não tenho vergonha de dizer que estou tomando remédio pra dormir” – afirma, entre lágrimas, a dona de casa Lúcia Carvalho, apontando para as rachaduras nas paredes e teto do apartamento que adquiriu, em 2008, no condomínio Morada das Árvores. Demonstrando seu desespero com a situação, Lúcia apela por “justiça, humanidade, generosidade e empatia”.

Max Ramires diz que os moradores não podem ficar sem resposta

Também ouvidos na reportagem, Max Ramires, analista de marketing, e a biomédica Marcela Marques, cobram da Defesa Civil a análise técnica dos danos que seus imóveis apresentam. Os depoimentos de outros moradores, como o contador Paulo Cavalcante e o servidor público Jean Barbosa, mostram o temor de que os imóveis desabem provocando uma tragédia sem proporções.

Veja a nota enviada pela Braskem S.A, nesta segunda-feira, 9:

“A Braskem atua na área delimitada pela Defesa Civil como zona de criticidade 00 – que exige realocação imediata – e zona de criticidade 01, que determina monitoramento e não exige mudança imediata. A empresa mantém diálogo permanente com as autoridades, na busca das melhores soluções para os moradores e comerciantes atendidos pelo Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação. Em dezembro de 2020, a Braskem assinou um acordo que prevê recursos e tratativas nos aspectos sociais, ambientais e de mobilidade”.

Em setembro de 2020, quando os problemas começaram, a própria Braskem S.A, empresa do grupo Odebrechet, um conglomerado econômico de amplitude internacional, apresentou relatório técnico mostrando índice elevado de subsidência (afundamento), projetando futuros colapsos das minas onde, por mais de 40 anos, explorou sal-gema.

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1 Comentário

  • A BRASKEM QUER FUGIR DAS RESPONSABILIDADE DOS DESASTRES AMBIENTAL E DESALOJAMENTO DE FAMÍLIAS, SOU MORADOR DO BAIRRO DO VERGEL DO LAGO, E JÁ FICO NA EXPECTATIVA DE SER VITIMA DESSA MULTINACIONAL QUE NÃO TEM COMPAIXÃO DE NINGUÉM. QUE DEUS NOS PROTEJA.

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