11 de dezembro de 2021 1:08 por Da Redação
De acordo com o Sindicato dos Urbanitários, o governo vai cometer mais um grave erro, nesta segunda-feira, 13, ao leiloar a concessão dos serviços de distribuição de água e esgoto pertencentes à Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), dos chamados blocos “B” e “C”, que abrangem as regiões do sertão, agreste, zona da mata e o litoral.
“Essa privatização da água só foi possível após a aprovação da Lei nº 14.026/2020, pelo governo Bolsonaro, que atualiza o marco legal do saneamento, sufocando as empresas estaduais de saneamento e empurrando, goela abaixo, a privatização de todo o sistema”, alerta a entidade.
O Sindicato vem alertando que a privatização de serviços essenciais como água e energia prejudicam a população, em especial os mais pobres, já que a lógica da iniciativa privada é apenas o lucro.
“O povo alagoano já vem sofrendo com a privatização do bloco A, envolvendo Maceió e mais 13 municípios vizinhos. As reclamações contra a BRK, empresa privada que assumiu a distribuição de água e o esgotamento aumentam a cada dia. As reclamações contra a Equatorial, que controla a distribuição de energia são as mesmas”, destaca.
O Sindicato questiona como ficará a situação dos povoados, com populações pequenas, que estão fora do atendimento da empresa que ganhar a licitação. O projeto retira esses pequenos povoados da obrigação da concessionária privada, mas não diz quem irá atendê-los.
A tarifa da zona rural é outra preocupação do Sindicato, pois nas regiões do sertão em especial, a pobreza é grande e a população não tem recursos necessários para pagar as altas tarifas cobradas por empresas privadas, que somente fornecem o líquido precioso a quem pode pagar, não tendo qualquer compromisso social.
Outra preocupação é com o futuro da Casal e dos seus trabalhadores. Qual a garantia de que a companhia permaneça viável e prestando o serviço conforme previsto no edital de privatização?
O Sindicato denuncia que, com este modelo, não haverá a universalização da água para todos os/as alagoanos/as. O acesso será apenas para quem pode pagar, transformando a água em mera mercadoria e não em um direito humano que precisa ser garantido a todos.