5 de abril de 2022 10:27 por Redação
A pré-candidatura do ex-deputado federal e ex-vereador Régis Cavalcante é o fato novo desse início de processo eleitoral em Alagoas. Líder do Partido Popular Socialista (PPS), que agora chama Cidadania, Régis se apresenta ao eleitorado como um desafio aos que querem construir uma alternativa democrática e independente.
Todavia, para além do que pensavam os líderes dos dois maiores grupos políticos do estado – o ex-governador Renan Filho (MDB) e o deputado federal Arthur Lira (PP) – a candidatura de Régis altera significativamente o xadrez pré-eleitoral.
O primeiro castelo a ruir é a chapa Rodrigo Cunha/Jó Pereira, articulação de Arthur Lira. Opção do parlamentar para disputar o governo, Cunha pulou do PSDB, legenda pela qual se elegeu e onde estava desde que ingressou na política, para o União Brasil.
Porém, quando não há mais tempo para mudanças, o Cidadania desmonta seu projeto de ter a deputada estadual Jó Pereira, como candidata a vice-governadora.
É que a deputada pulou do MDB para o PSDB, que tem aliança com o Cidadania de Régis, na chamada federação partidária. As Federações podem fazer coligações em eleições majoritárias, mas os partidos que a integram não podem isoladamente. Ou seja, a não ser que PSDB e o Cidadania concordem, Jó Pereira não pode fechar aliança com o UB de Rodrigo Cunha.
Consolidada pela federação entre PSDB e Cidadania, a candidatura de Régis Cavalcante surpreendeu principalmente ao todo-poderoso deputado Arthur Lira. Ele se vê momentaneamente como o jogador diante do xeque-mate, ou do lutador que leva um soco na cabeça.
Ao desdenhar o Cidadania, Arthur e seu grupo perdeu o primeiro round.
Seus adversários, e o eleitorado, aguardam o próximo round, conscientes de que “vingança” é um prato que se come frio.