2 de maio de 2022 4:04 por Da Redação
A eleição indireta que vai garantir a escolha do governador alagoano, para um mandato de 8 meses, o chamado “governador-tampão”, foi transformada num cabo de guerra, esticado, de um lado, por Arthur Lira/JHC/Rodrigo Cunha, e do outro por Renan Calheiros/Renan Filho/ Marcelo Victor/Paulo Dantas.
O escolhido para concluir o mandato deixado pelo ex-governador Renan Filho (MDB), será definido pelos 27 deputados estaduais, que nesta segunda-feira, 2, ficaram de plantão na Assembleia Legislativa esperando uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para realizar a eleição.
Além do governador-tampão, os deputados estaduais devem eleger também o vice-governador.
A judicialização desse processo intensifica a disputa marcada para outubro deste ano, quando o novo governador e seu vice serão eleitos pelo voto direto dos alagoanos.
Enquanto outubro não chega, a população assiste a uma “briga de gigantes”, momentaneamente vencida pelo grupo de Arthur Lira (PP), cujo grupo de apoiadores conseguiu impedir, ou suspender, a eleição que estava marcada para hoje, 2.
A decisão que está valendo até o momento é a suspensão da eleição indireta. A suspensão foi decidida pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, no domingo, 1º, que deu prazo de 48 horas para que o governo do Estado e a Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) apresentem informações sobre o processo eleitoral indireto.
A Procuradoria Geral do Estado (PGE) já respondeu aos questionamentos, e a grande expectativa é de que Gilmar Mendes decida qual o rumo da eleição indireta ainda nesta segunda-feira, 2. Enquanto isso, o desembargador Klever Loureiro, do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), que está no exercício do Governo, permanece no cargo.
A guerrilha jurídica faz parte da estratégia eleitoral do grupo de Arthur Lira (PP), que não tem economizado esforços para dificultar a vitória de Paulo Dantas (MDB), o candidato do grupo liderado pelo senador Renan Calheiros para ser o governador-tampão.
“A petição de Lira é litigância de má-fé, amadora e expõe irresponsavelmente o STF. A jurisprudência é farta. Trata-se de realização de eleição, mandamento da Constituição estadual, reproduzindo a Constituição Federal. Porque litiga Lira? Para cancelar a eleição” – Senador Renan Calheiros.