1 de julho de 2022 4:53 por Da Redação
O senador Fernando Collor, cujo mandato de 8 anos termina no dia 31 de janeiro de 2023, lançou-se candidato a governador, desistindo de tentar a reeleição, por ter como certa a derrota para Renan Filho (MDB).
Entrando na disputa pelo governo com a maior taxa de rejeição entre os principais postulantes – Paulo Dantas (MDB), Rui Palmeira (PSD) e Rodrigo Cunha (UB) – Collor tenta sobreviver politicamente.
Na nova rota, faz de tudo para se pendurar em Jair Bolsonaro, defendendo sua reeleição com unhas e dentes.
Ao se lançar candidato ao governo, Collor criou uma animosidade com o deputado federal Arthur Lira, o preferido de Bolsonaro, que tem Rodrigo Cunha como seu candidato ao governo alagoano.
Os dois não são propriamente amigos de infância, mas, por conveniência, têm sido aliados pontuais, em alguns momentos da atividade político-eleitoral. Entretanto, passaram a disputar espaço entre os eleitores bolsonaristas, em Alagoas.
O presidente Jair Bolsonaro já pediu que houvesse entendimento entre os dois, mas o presidente da Câmara não parece disposto a seguir essa orientação.
Os sinais que emite são de que um acordo está longe de ser firmado. Sem interesse em unificar as candidaturas, Arthur Lira admite que o presidente possa ter mais de um palanque em Alagoas.
Com mais influência e poder de captar aliados, Arthur descarta qualquer possibilidade de se unir a Collor no primeiro turno da campanha.
O senador Collor, que já apoiou Lula e Dilma Rousseff, é um “lobo solitário” na política alagoana, e sem poder de influência no cenário nacional.
A provável derrota em outubro será a sua aposentadoria política.