domingo 28 de abril de 2024

Despejo coletivo de vulneráveis deve seguir orientações do STF

Magistrados devem atentar para as decisões das Cortes Superiores ao expedir ordens de despejo coletivo de grupos vulneráveis em Alagoas

14 de dezembro de 2022 10:24 por Da Redação

Foto: Reprodução

Devido ao fim do prazo de suspensão das ordens de remoção e despejos de áreas coletivas habitadas antes da pandemia determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a Corregedoria-Geral de Justiça (CGJ) emitiu orientação aos magistrados para que atentem para a legislação e decisões da Corte Superior nos processos que versem sobre o tema no estado. Em reunião nessa segunda (12), a Coordenadoria de Direitos Humanos do TJAL celebrou a decisão.

A decisão do STF, através da ação de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 828, condiciona as remoções a um regime de transição a ser adotado pelos Tribunais Brasileiros.

Com isso, o Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária Popular de Alagoas – NAJUP, projeto de extensão vinculado à Universidade Federal de Alagoas (Ufal), solicitou a expedição de orientações às unidades judiciárias, para que as decisões fossem tomadas garantindo a proteção das famílias vulneráveis que se encontram em situação de moradia irregular no estado.

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A estudante de Direito da Ufal e integrante do Najup, Anália Lopes, explica que o intuito do núcleo é resguardar os mais necessitados. “Realizamos esse trabalho de assessoria popular desde 2019. Acompanhamos vários movimentos e comunidades, tanto urbanas como rurais, e não tinha como não olharmos para essa questão. O processo foi bastante célere, ficamos muito surpresos positivamente com o Tribunal de Justiça e com a Corregedoria-Geral de Justiça. Nosso processo foi acolhido, fomos muito bem recebidos, e a decisão foi muito sã e sensível”.

Direitos humanos

Para o desembargador Tutmés Airan, coordenador da Coordenadoria de Direitos Humanos do TJAL, a decisão do Judiciário busca evitar que os despejos ocorram de modo desordenado em Alagoas.

“Por meio da orientação da Corregedoria-Geral de Justiça, o Judiciário busca evitar que os despejos ou as reintegrações ocorram de modo incontrolável e desordenado. Então, através de uma visão consequencialista do direito, ou seja, preocupado com as consequências sociais da incidência normativa na vida das pessoas, a orientação aos magistrados dá eco à uma decisão do Ministro Barroso que estabeleceu os contornos definitivos de como isso pode acontecer, de modo ordenado e sutil, e que só aconteça de se for inevitável”, explica Tutmés.

O corregedor-geral da Justiça, desembargador Fábio Bittencourt, destaca que a orientação trará soluções mais rápidas. “Buscamos orientar os magistrados para que façam cumprir as decisões dos Tribunais Superiores, principalmente no que concerne aos mais fracos e vulneráveis que dependem do estado. Situações como essa, com certeza, iriam criar vários processos judiciais, mas com a orientação, teremos soluções mais céleres”.

A reunião contou ainda com a presença do juiz auxiliar da CGJ, José Miranda; do secretário da Coordenadoria de Direitos Humanos do TJAL, Pedro Montenegro; além dos estudantes da Ufal e integrantes do Najup, Cristiano Costa e Laysa Oliveira.

Fonte: TJAL

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