6 de março de 2023 4:16 por Da Redação
Sem água há 11 dias, moradores do Flexal de Cima e do Flexal de Baixo interromperam o trânsito durante três horas na manhã de hoje (6), em protesto. Mais de 200 moradores da Rua Marques de Abrantes denunciaram que, além da falta de água nas torneiras, foram atingidas pela mineradora Braskem.
Durante mais de 40 anos, a empresa extraiu sal-gema do subsolo e causou abalos sísmicos de magnitude 2,4 pontos na escala Richter, em 3 de março de 2018.
Esse tremor de terra mudou radicalmente a relação dos moradores com os bairros e, como consequência, mais de 60 mil pessoas moradoras de cinco bairros de Maceió foram obrigadas a abandonar as suas residências e locais de trabalho.
A Braskem, responsável pela mineração que causou a tragédia, tem indenizado os moradores e empresários com valores muito aquém do valor de mercado dos imóveis.
No Flexal de Baixo e de Cima, denunciam os moradores, o valor imposto pela empresa é de R$ 25 mil por cada residência. Milhares de moradores estão sitiados sem água potável nas torneiras, sem iluminação pública, sem escola, posto de saúde e transporte coletivo e sem segurança pública.
Água deve voltar nesta terça-feira (7)
Por meio de nota, a BRK informou que uma equipe técnica trabalha para solucionar um vazamento não visível em uma rede de distribuição de água que abastece parte do bairro Bebedouro.
O serviço foi iniciado na madrugada desse domingo (5) e a expectativa da empresa é que, após os reparos, que devem ser concluídos ainda nesta segunda (6), o fornecimento de água comece a ser retomado gradativamente na região afetada, com normalização prevista para esta terça-feira (7).
Ao todo, dez profissionais trabalham na ocorrência, que foi identificada em uma rede de 150 milímetros de diâmetro, na Rua Marquês de Abrantes, onde acontecem os reparos.