13 de abril de 2023 11:37 por Da Redação
Durante a última sessão ordinária nessa quarta-feira (12), o vereador pelo MDB, Franciney Joaquim discursa palavras de ódio contra pessoas transsexuais, travestis e transgêneros. Com sua fala inicial, o parlamentar argumenta que “banheiro feminino é para mulher biologicamente feminina, banheiro masculino é para homem biologicamente feminino”, utilizando a ciência para proferir transfobia.
O vereador diz que não gostaria de ir na onda dos amigos bolsonaristas e nem da “lacração”, mas obviamente, através do discurso, mostra o seu posicionamento social e ideológico. Ridicularizar e ameaçar de violência grupos minoritários são atitudes de um indivíduo que se identifica com a direita.
O cidadão de bem que preza pela família, acredita que mulher trans que utiliza banheiro feminino deveria sofrer consequências. Para ele, é merecido “dar uma coça” e “levar uma pisa boa”, ainda acrescenta que mulheres trans utilizando o banheiro feminino são importunas.
Falas como estas são heranças de um desgoverno passado e com o mesmo discurso utilizado por todo conservador dos costumes, Franciney argumenta que defenderá a família e a lógica. Mas a família de quem? Qual lógica? Pessoas trans não tem família?
Se diz tão “entendido” dos conceitos constitucionais mas ignorou a Lei 7.716/89, que equipara a prática de transfobia ao crime de racismo e a pena prevista é de reclusão de dois a cinco anos.
O Brasil é o país que mais mata transsexuais e travestis, de acordo com a Antra (Associação Nacional de Travestis e Transsexuais), e mostra, infelizmente, como a nossa sociedade reage diante a esse assunto.