terça-feira 7 de maio de 2024

Por quem, e para quem, Rodrigo Cunha fala?

9 de maio de 2023 2:43 por Geraldo de Majella

Senador Rodrigo Cunha (UB) não consolidou um grupo para dar sustentação a seu projeto político | Divulgação

O senador Rodrigo Cunha (União Brasil/AL), 42 anos, foi lançado na política pelo ex-governador tucano, Teotônio Vilela Filho (PSDB). Nomeado superintendente do Programa de Defesa do Consumidor (Procon) ganhou visibilidade pelas ações implantadas.

Com apoio político, contando inclusive com a máquina do governo tucano, se elegeu deputado estadual pelo PSDB, em 2014. Foi o mais votado daquela eleição, com mais de 60 mil votos, ajudando sua coligação (PSDB/PRB) a eleger cinco candidatos,

O jovem arapiraquense surfou bem na onda contrária aos políticos profissionais, que crescia na sociedade brasileira, e, em 2018, se elegeu senador, posando de antissistema, anticorrupção. Aliás, foi esse o mantra eleitoral que o diferenciou em Alagoas.

Naquela campanha, com duas vagas em disputa, Rodrigo Cunha, que escolheu o veterano senador Renan Calheiros (MDB) como alvo, voltou a sentir o gosto do sucesso, sendo o mais votado. Teve 895.738 votos, o equivalente a 34,42% do total.

Conquistando o quarto mandato de senador, Renan Calheiros teve 621.562 votos, ou 23,88% do total, terminando em segunda colocação.

Dura realidade

A rápida trajetória política de Rodrigo Cunha o credenciou a disputar a eleição (2022) para governador do estado. E foi aí que enfrentou a primeira derrota, perdendo a disputa para Paulo Dantas (MDB).

Por ter conseguido tão fácil e rapidamente conquistar mandatos parlamentares (deputado estadual e senador da República), Rodrigo Cunha pode ter acreditado que sua inserção na seara política seria um passeio permanente. O parlamentar só esqueceu que a conjuntura daquelas duas eleições (2014 e 2018), em que contou com apoio estatal e alianças que lhe garantiram recursos do fundo partidário para campanha, é bem diversa da realidade atual.

Mesmo tendo ainda 4 anos de mandato, Rodrigo Cunha vê a realidade bater à sua porta com a dureza que só os profissionais conhecem. Só os profissionais da política sabem que nessa atividade não existem almas bondosas, nem amizades duradouras.

Se não aprendeu essa lição, Cunha pode cair da prancha sem perceber que a onda que elegeu políticos sem vinculações partidárias diminuiu, e tende a se tornar residual como sempre foi historicamente.

Sem apoio

É fato que já foi dada a largada pelas duas vagas de senador, quando Rodrigo Cunha provavelmente buscará a reeleição. As forças políticas começam a se agrupar, inicialmente em torno da disputa pela Prefeitura de Maceió, no próximo ano.

O primeiro a se articular é o atual prefeito, João Henrique Caldas, o JHC, que reuniu e selou a paz com seus adversários. Cada um nesse bloco quer, além de se reeleger, tirar proveito da disputa pelo governo e pelas duas vagas ao Senado, em 2026.

E aqui também a situação de Rodrigo Cunha se complica. O jovem senador não dispõe de trunfo eleitoral, não conta com prefeitos, vereadores, nem deputados estaduais e federais que possam ao menos ornamentar seu palanque.

Ele sequer tem segurança no controle do próprio partido. O União Brasil existe em Alagoas sob controle do deputado Arthur Lira (PP).

Representação

No segundo quadriênio do mandato de senador da República, é oportuno saber quais causas Rodrigo Cunha defende. Ele não é empresário de nenhum setor econômico, não representa categorias profissionais, não é vinculado a denominações religiosas.

Assim, o alagoano pode perguntar: Para quem e por quem Rodrigo Cunha fala?

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