sábado 11 de maio de 2024

Papel da imprensa é crucial para manter o fascismo no esgoto

Grande mídia precisa ter consciência das consequências da criminalização de setores da sociedade

13 de maio de 2023 12:22 por Geraldo de Majella

Bolsonarismo é fruto da demonização da esquerda e dos movimentos sociais | Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A mídia corporativa e familiar brasileira (leia-se: Rede Globo, Estado de São Paulo, Folha de S. Paulo, Rede Bandeirantes, SBT, Record, Jovem Pan e Rede TV) foram os principais produtores de conteúdos para tentar criminalizar a esquerda – o PT em particular –, os movimentos sociais de origem popular, sendo o MST o principal alvo da trama urdida nas salas alcatifadas das direções dessas empresas.

Elas foram decisivas para criar o clima que culminou no impeachment da presidente Dilma Rousseff, através de um golpe parlamentar fundado em falsos argumentos jurídicos, com o auxílio luxuoso do Tribunal de Contas da União (TCU). O resultado foi a eleição de Bolsonaro como presidente.

A operação Lava Jato foi o ápice do massacre moral desferido contra a liberdade de imprensa, resultando no discurso único da mídia. As pessoas que discordavam da maneira como os procuradores e o então juiz Sérgio Moro agiam foram cerceadas. O silêncio foi imposto como a face cruel da perversão do modelo jurídico-midiático.

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As vítimas e seus advogados nunca tiveram espaços para contraditar a feroz e desumana campanha de linchamento que imperou como prática do “jornalismo” infame, num dos maiores massacres de reputações que se tem conhecimento na recente democracia brasileira. Durante a ditadura militar, fatos semelhantes ocorreram, mas, era a regra do regime autoritário.

Cobertura honesta e imparcial

Para surpresa de muita gente, de esquerda ou não, uma jornalista da Globo News estava entusiasmada na cobertura da 4ª Feira Nacional da Reforma Agrária, organizada pelo Movimento Nacional dos Trabalhadores Sem Terra (MST), no Parque da Água Branca, em São Paulo.

Em nenhum momento, a repórter se referiu ao MST como uma organização criminosa, mas como um movimento que estava comercializando alimentos saudáveis, sem agrotóxicos quase uma centena de pratos tipos da culinária dos estados brasileiros. Também mereceu destaque o show de abertura do cantor maranhense Zeca Baleiro.

Se essa conduta profissional fosse a regra das empresas de comunicação, a imprensa corporativa estaria cumprindo com o seu papel e não constrangeria, como de fato constrange, a maior parte dos jornalistas contratados impondo a censura, o ódio e a discriminação como pauta jornalística.

Mídia independente ocupa espaços

A mídia independente provocou mudanças no comportamento de algumas dessas empresas ao realizar jornalismo com decência e não criminalizar setores da sociedade. O resultado é que centenas, talvez, milhares de sites, blogues e podcasts estão avançando na audiência da Globo e dos demais veículos tradicionais.

Algumas dessas empresas vestiram a camisa preta do fascismo, como a Jovem Pan, por exemplo, ao contratar jornalistas profissionais que se desnudaram e, sem compostura, são vozes do ódio, difundem fake news e transitam entre o indecente e o criminoso.

Quando o jornalismo é praticado com ética, respeitando o leitor, o ouvinte, telespectador e o internauta, todos ganham. Nenhuma democracia sobrevive com mentira, falsificação da realidade. Quando o fascismo se instala a primeira vitima é a imprensa.

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