19 de setembro de 2023 8:06 por Da Redação
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) apresentou requerimento com assinatura de 45 senadores para que seja instalada, no Senado, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem. O objeto da CPI é o pagamento dos valores calculados pelo crime ambiental praticado pela mineradora em Alagoas pela exploração de sal-gema.
O senador se tornou o principal político a exigir da empresa que os danos causados ao estado de Alagoas e as mais de 60 mil vítimas sejam pagos.
A Braskem tem expertise no controle de instituições do Estado e vem silenciando a mídia tradicional de Alagoas e nacional. O senador Renan Calheiros é o mais contundente crítico que vem levando a mineradora a uma situação cada vez mais difícil para sair da discussão pública onde terá de prestar explicações.
A direção da empresa, assim como a representação das milhares de vítimas, técnicos, acadêmicos terão a oportunidade de falar no plenário da CPI.
Esse é o terreno que a Braskem nunca quis entrar. Em Alagoas, as iniciativas de instalar CPI para apurar os crimes não prosperaram. A explicação, possível, é a influência econômica e política.
A Braskem quer negociar as suas ações com a Petrobras, mas, antes, terá de passar pelo “inferno da CPI”, onde a exposição dos seus atos será dada publicidade e a cotação das suas ações serão mais uma vez colocadas em confronto com a prática criminosa que tem realizado em Alagoas.
A luta não terminou e está longe do fim, o que mudou foi o terreno onde a batalha estava sendo travada. No Senado Federal, as armas e o tempo serão ditados pelos membros da CPI e, nesse terreno, o senador Renan Calheiros é mais experiente.
A Petrobras, como principal sócia da Braskem, inevitavelmente, será obrigada a esclarecer que tipo de comprometimento teve com os crimes ocorridos em Alagoas.
As cenas dos próximos capítulos veremos mais adiante.