quinta-feira 2 de maio de 2024

6ª Expedição já está pronta para navegar pelo Velho Chico

Novas parcerias reforçam a educação ambiental este ano e trazem legados
Reunião geral para alinhamento da VI Expedição reuniu pesquisadores de todo o Brasil | Assessoria

Um dos momentos mais aguardados do ano está chegando! Vem aí a 6ª Expedição Científica do Baixo São Francisco, quando, durante 10 dias, 90 pesquisadores de todo o Brasil vão a campo, para compartilhar ciência, educação e saúde com povos originários.

De 21 a 30 de novembro, quatro embarcações e seis lanchas de apoio vão percorrer 240 km, de Piranhas à Foz do Rio São Francisco, coletando amostras para pesquisas em 35 áreas, realizando ações de educação ambiental junto às escolas públicas e ofertando serviços de saúde, que incluem exames e consultas médicas.

Este ano, serão contemplados os municípios alagoanos de Piranhas, Pão de Açúcar, Traipu, São Brás, Igreja Nova, Penedo e Piaçabuçu, e a cidade sergipana de Propriá. Em cada parada, são desenvolvidas as mesmas atividades, à exceção do peixamento de espécies nativas do Baixo São Francisco, que será feito somente nas cidades de Piranhas, Traipu e Propriá. “Demos continuidade ao trabalho com os municípios que realmente têm demonstrado interesse e dado retorno ao investimento tão alto que é feito anualmente, afinal não são somente 10 dias de trabalho, mas, pelo menos, 6 meses de análises e elaboração de relatórios de uma equipe altamente qualificada e dedicada às causas ambientais”, destaca Emerson Soares, um dos coordenadores do programa científico.

Foto: Assessoria

A abertura dos trabalhos da 6ª Expedição será na cidade de Piranhas, no sertão de Alagoas, no dia 21 de novembro, às 8h30, no auditório do Centro Cultural Miguel Arcanjo de Medeiros, no centro histórico da cidade, e contará com a presença de autoridades nacionais e locais, além de pesquisadores e sociedade em geral.

Atualmente, a Expedição do Baixo São Francisco é o maior programa de biomonitoramento ambiental em águas continentais do Brasil. Um trunfo para Alagoas e para a Ufal, tendo em vista que os coordenadores José Vieira, Emerson Soares e Themis Silva são também professores da instituição. Com trabalho, competência e resultados concretos, a Expedição chega à 6ª edição tendo como investidores o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal). No entanto, envolve a expertise de mais de 30 instituições locais e nacionais, entre universidades brasileiras e estrangeiras, institutos de pesquisa, órgãos ambientais, fundações e empresas.

Educação ambiental em foco

Este ano, a área de educação ambiental é a grande aposta! Municípios e novos parceiros uniram esforços para garantir que as crianças e os jovens aprendam conceitos, aplique-os no dia a dia e transformem sua realidade local, ao utilizar os recursos naturais de forma consciente e comprometida com o bem-estar global. Assim, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA), a Marinha do Brasil, o Serviço Social do Comércio do Distrito Federal (Sesc-DF) e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh-AL) serão essenciais.

Mas também é objetivo da Expedição a continuidade das ações, que cada município tome para si a responsabilidade de desenvolver políticas públicas que melhorem as condições ambientais do Velho Chico. “Para isso, foi criada, oficialmente, a Comissão Permanente de Educação Ambiental Municipal (CPEAM) em cada cidade, que ficará encubida de todos os materiais educacionais doados e informações qualificadas transmitidas, assumindo o compromisso de treinar, reaplicar conceitos e divulgar junto à rede municipal de ensino”, explica José Vieira, da coordenação da Expedição.

Foto: Assessoria

Histórico

As Expedições Científicas do Baixo São Francisco começaram em 2018, pela necessidade de se gerar políticas públicas embasadas em dados científicos, com diagnóstico participativo e multidisciplinar sobre a situação econômica, social e ambiental da região do Baixo São Francisco, avaliando os impactos na atividade pesqueira, no manejo do solo, na agricultura, no turismo, no abastecimento dos municípios, na saúde da população e no modo de vida das comunidades tradicionais.

Ano após ano, o trabalho foi contínuo, mesmo durante a pandemia da covid-19, e ganhando crebidibilidade e o reconhecimento. E, como todo trabalho de pesquisa, tem também importantes publicações, como livros, artigos científicos, relatórios cartilhas educativas; materiais que reúnem informações importantes e comparativas da região do Baixo São Francisco, nas áreas de ictiofauna, análise de água, geoprocessamento, manguezal, educação ambiental, saúde, arqueologia subaquática, dentre outras. As publicações podem ser acessadas gratuitamente aqui.

Para conhecer mais as Expedições Científicas do Baixo São Francisco, acesse a página, confira a playlist no canal da Ufal no YouTube e siga o perfil @expedicao_saofrancisco no Instagram.

Serviço

A população poderá acompanhar a Expedição pelas principais meios de comunicação e também participar das atividades em sua cidade, seguindo o cronograma abaixo:

21 de novembro: Piranhas-AL

22 de novembro: Pão de Açúcar-AL

23 de novembro: Traipu-AL

24 de novembro: São Brás-AL

25 de novembro: Propriá-SE

26 de novembro: Igreja Nova-AL (povoado de Chinaré)

27 de novembro: Penedo-AL

28 de novembro: Piaçabuçu

29 de novembro: foz do Rio São Francisco e retorno a Penedo

30 de novembro: encerramento em Penedo-AL, no Teatro Sete de Setembro

Fonte: Assessoria

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