quinta-feira 16 de maio de 2024

CPI da Braskem: um jogo de cartas marcadas com a participação da bancada alagoana

Crime da mineradora opõe grupos políticos no Estado

29 de fevereiro de 2024 6:21 por Da Redação

Montagem: Congresso em Foco

Os crimes cometidos pela mineradora Braskem em Maceió têm sido um dos motivos da “batalha campal” entre os políticos alagoanos. De um lado, o prefeito de Maceió, JHC (PL), Rodrigo Cunha (Republicanos) e Arthur Lira (PP), constituem a “bancada informal” da Braskem.

Do outro, o senador Renan Calheiros (MDB), que tem sido o principal adversário da Braskem – e autor do pedido de instalação da CPI no Senado Federal -, acompanhado do governador Paulo Dantas (MDB).

A bancada da Braskem no Senado é liderada pelos senadores baianos Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSD), que conseguiu tirar a relatoria da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do senador Renan Calheiros. Logo após essa derrota, o emedebista anunciou a saída da CPI.

A diretoria da Braskem, juntamente com as bancadas alagoana e baiana que lhe dão sustentação na CPI, metaforicamente, estourou champanhe comemorando a primeira vitória contra Renan Calheiros e as 60 mil vítimas diretas e mais de 150 mil no total.

Esse é o cenário delineado no início da CPI e que, sem a participação do senador Renan Calheiros e com o auxílio luxuoso da bancada, vai dar à Braskem o alívio de não comprometer, seriamente, os seus diretores.

Sem Calheiros na CPI, Cunha encena a farsa

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Na CPI, o senador Rodrigo Cunha, depois de cinco anos sem falar dos crimes da Braskem, tornou-se uma voz envergonhada da empresa, emissário do prefeito JHC e do deputado Arthur Lira. A falta de coragem para denunciar o escandaloso acordo assinado entre a Braskem e a Prefeitura de Maceió, no valor de R$ 1,7 bilhão, mostra que o senador é seletivo nas brigas.

As vítimas da Braskem permanecem organizadas por meio de entidades e com apoio de pesquisadores qualificados. Elas também são vítimas da trapaça do prefeito JHC, do senador Rodrigo Cunha e do deputado federal extremista Alfredo Gaspar de Mendonça (UB) que, em momentos diferentes, mentiram ao dizer que estavam ao lado da população e que iriam enfrentar a Braskem para defender os direitos das 60 mil pessoas atingidas nos cinco bairros de Maceió.

O senador Rodrigo Cunha terá um palco para, mais uma vez, trair as vítimas.

Os Convocados

O ambientalista José Geraldo Marques, vítima da tragédia, e o engenheiro civil Abel Galindo Marques estão entre os oito primeiros depoentes da Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado Federal que investiga o crime ambiental praticado pela empresa. Em reunião na manhã de ontem (28), os integrantes da CPI da Braskem definiram a lista de convocados, que inclui ainda o diretor-presidente da empresa, Roberto Bischoff.

Também serão obrigados a depor na CPI, Marcelo Arantes, diretor de comunicação da Braskem; Thales Sampaio, coordenador dos estudos da antiga Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM, atual Serviço Geológico do Brasil), que concluíram pela responsabilização da Braskem no desastre;  Mauro Henrique Moreira Sousa, diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM), Natallya de Almeida Levino, professora da Universidade Federal de Alagoas; e Wolnei Wolff Barreiros, chefe da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

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