domingo 19 de maio de 2024

Tragédia em Maceió faz empresa árabe de petróleo desistir de comprar a Braskem

8 de maio de 2024 8:49 por Da Redação

Polo industrial da Braskem, unidade em Maceió

Depois de oferecerem R$ 10,5 bilhões para se tornarem sócios da petroquímica, os árabes da Abu Dhabi National Oil Company (Adnoc), estatal de petróleo de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, desistiram de comprar uma fatia da Novonor, multinacional que, junto com a Petrobras, é dona da Braskem S/A. Segundo analistas, a desistência teria como causa a tragédia ambiental em Maceió, onde a exploração de sal-gema resultou na destruição de cinco bairros da capital alagoana.

A informação foi publicada nesta terça-feira, 7, pelo site OGlobo, e diz ainda que, com a desistência, as ações da Braskem, produtora de polietileno, polipropileno e PVC, matéria-prima usada para fabricar embalagens e diversos produtos, fecharam em queda de 14,53% e uma perda de R$ 2,3 bilhões em valor de mercado.

Em comunicado, a Braskem disse que a Novonor foi informada de resistência pela própria Adnoc. “Fomos informados pela Adnoc que não têm interesse em dar continuidade ao processo de análise e negociações com a Novonor”, ​​disse a Braskem.

Escolas, hospitais e residências foram evacuados por conta do afundamento do solo | Foto: Sinteal

Segundo especialistas, o que travou a entrada da Adnoc foi a tragédia em Alagoas, com a judicialização do caso, e a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga as consequências socioambientais de quatro décadas de retirada de sal-gema em Maceió. Os gastos da Braskem com a tragédia já superam os R$ 15 bilhões, segundo estimativas.

—Comprar a Braskem se tornou complexo. Há risco de novas provisões com o acidente em Alagoas. Além disso, a Novonor está em recuperação judicial e quando tomou crédito, deu em garantia as ações da Braskem. Só a venda para terceiros abre a possibilidade dos bancos reaverem — diz Pedro Galdi, analista de investimento independente.

“Fomos informados pela Adnoc que não têm interesse em dar continuidade ao processo de análise e negociações com a Novonor”, ​​disse a Braskem. Porém, no mesmo comunicado, a Brakem lembrou que a Novonor “segue engajada no processo, em linha com o compromisso reforçado com suas partes relacionadas”.

Ontem, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse em evento nos Estados Unidos, que a estatal está aguardando que outras empresas façam ofertas por ações da Braskem.

Entretanto, analistas avaliam que o processo de compra da Braskem tende a ser desafiador.  Já foram manifestadas desistências pela Unipar, uma das principais produtoras de PVC, cloro e refrigerante na América do Sul, e pela a J&F, que chegou a apresentar uma proposta no valor de R$ 10 bilhões por toda a fatia da Novonor, mas o negócio não avançou.

Com O Globo (https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2024/05/07/braskem-por-que-empresa-de-abu-dhabi-desistiu-de-comprar-a-petroquimica-brasileira.ghtml)

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