16 de maio de 2024 11:03 por Da Redação
Desde sua posse, há 17 meses, o presidente Lula (PT) enfrentou duas graves crises. A primeira, a tentativa fracassada de golpe de Estado, organizada pela extrema-direita ao redor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A reação imediata do presidente e dos poderes da República isolou os golpistas civis e militares, mas, por pouco, não houve a derrocada da democracia brasileira.
A segunda delas consiste nas enchentes no estado do Rio Grande do Sul, que devastou cidades, desabrigou milhares de famílias, de maneira nunca presenciada no país. Os efeitos climáticos têm sido previstos pelos pesquisadores há, pelo menos, duas décadas.
No Rio Grande do Sul, assim como em Santa Catarina e Paraná, os governadores, a maioria dos prefeitos, as bancadas parlamentares e o empresariado, sob a liderança do agronegócio, constituem o núcleo explícito do negacionismo climático.
Esse núcleo tem se tornado hegemônico na política na região Sul, fortalecendo a base da extrema-direita nacional. Essa configuração político-ideológica tem relevância na sociedade e é, simbolicamente, o estado-maior extremista em permanente prontidão e beligerante contra o governo Lula e a esquerda.
O ponto de inflexão da extrema-direita foi a presença do presidente Lula no Rio Grande do Sul e a rápida ação do governo federal prestando solidariedade e procurando unir todos os entes da federação para salvar vidas e, sem perda de tempo, procurar destravar as amarras burocráticas envolvendo os Poderes da República.
A guerra suja nas redes (anti) sociais de extrema-direita ganhou dimensão, mas, segundo os especialistas, a realidade dos fatos tem alterado as posições em favor do Governo Federal.
As frentes de batalhas do Governo Federal são gigantescas, para organizar as ações para que a assistência ocorra sem descontinuidade, para manter dialogo permanente com os prefeitos e com a sociedade, para estruturar as ações diante do cenário de destruição em que ainda não podem ser contabilizados, integralmente, os prejuízos materiais.
O combate às ações criminosas dos grupos de extrema-direita estão no mesmo nível de importância das demais ações do governo. O grau de hierarquia na guerra contra o extremismo sobe à medida em que se consolidam na sociedade as ações humanitárias de salvamento e acolhimento da população e reconstrução da infraestrutura urbana e de transporte do Rio Grande do Sul.
Lula é a liderança de um Brasil que precisa superar a extrema-direita que, como se sabe, não acontecerá através de decreto, mas, nas urnas e, para os criminosos, na Justiça.
Não há vida fácil para o Governo Federal, mas, o espírito humanitário do presidente Lula é um ponto de unidade que crescerá na sociedade brasileira. Isso não significa dizer ou fechar os olhos para as disputas políticas e ideológicas, mas, manter a esperança de que será inaugurada uma nova perspectiva para o Brasil.