1 de agosto de 2021 8:59 por Geraldo de Majella
A Lei da Anistia (nº 6.683/79) completa 42 anos em 28 de agosto. O general e presidente João Baptista Figueiredo concedeu a anistia a todos os perseguidos políticos pela ditadura militar depois de intensa campanha nacional e internacional organizada por parlamentares, pela OAB, CNBB, ABI, o Comitê Brasileiro pela Anistia, sindicatos, em Alagoas quem organizou a campanha foi a Sociedade Alagoana de Defesa dos Direitos Humanos (SADDH).
A campanha estadual contou com a participação de estudantes e profissionais liberais, trabalhadores e intelectuais, foram esses setores os principais dinamizadores das mobilizações em Maceió.
A Sociedade Alagoana de Defesa dos Direitos Humanos (SADDH) foi a entidade que coordenava as atividades, a sua direção era constituída por dirigentes e militantes do PCdoB, pelo menos a maioria dos ativistas.
O destaque entre os ativistas era o estudante de economia Francisco de Assis Correia Gomes, o seu envolvimento e participação nas manifestações no campus da Ufal e nas ruas de Maceió fez com que ao seu nome fosse incorporado a palavra que simbolizava a luta: anistia, daí em diante o Francisco Gomes passou a ser denominado de Chico Anistia. Entre os colegas de curso, nas assembleias estudantis, por onde o militante do PCdoB andava alguém o identificava como o novo nome.
A professora da Ufal, Alba Correia e tia de Chico é uma militante histórica da esquerda alagoana, dirigente do PCdoB é a responsável pela filiação do sobrinho no Partido Comunista do Brasil. Quando o Brasil comemora 42 anos da última anistia, é forçoso lembrar que faz 36 anos que o economista Chico Anistia morreu num trágico acidente automobilístico na Bahia em 1985.
A campanha pela anistia não pode ser escrita sem que seja contada a participação de tantos patriotas e entre esses o mais animado e símbolo da campanha em Alagoas. Chico Anistia faz parte da luta pela redemocratização do Brasil, onde milhares de patriotas saíram dos cárceres da ditadura, da vida clandestina e os que viviam no exílio reencontraram as suas famílias, a pátria e a liberdade.
1 Comentário
Que bela homenagem e resgate histórico! Que figura humana extraordinária, Chico Anistia. Que possamos gritar bem alto que as mudanças sãos feitas por quem arregça as mangas. A tarefa de mudar o mundo precisa de muitos braços mais! De preferência, de muitos e muitos chicos’anistia.