domingo 19 de maio de 2024

Após fechamento de ruas em bairros afundados, animais viram ‘reféns’ da Braskem

ONGs lutam para ter acesso aos bichos para poder alimentá-los e dar cuidados
Reprodução/Instagram

Quando a Braskem fechou as ruas dos bairros atingidos pelo afundamento do solo, ela condenou à prisão dezenas de animais que também não recebem mais o carinho e os cuidados das pessoas que levavam água e alimento para os bichos. Cães e gatos ficaram para trás nos locais que precisaram ser evacuados e hoje são bairros-fantasmas.

Os defensores dos animais não têm a certeza de que eles estejam sendo bem tratados. “Eles dizem que vão alimentar, mas a gente sabe que eles não alimentam todos os dias, não sabem quais estão sendo capturados, se vai ficar algum para trás ou não. Então, assim é muito difícil”, denuncia Sandra Catão, da SOS Pet Bebedouro.

A ativista lembra onde deixou de atuar após o fechamento dos acessos e quais animais estavam lá. Em um curto raio, havia 21 bichinhos. “Já fecharam aquele pedaço da Mem de Sá, na frente e por trás do abrigo, a gente não consegue mais. Lá, tinham nove gatos. Lá em cima, no Parque Freire Ribeiro, ainda tem cinco, tem dois dentro do parque e três filhotes do lado de fora. E agora, onde estão fechando, próximo ao cemitério, tem aí na Camaragibe, tem aí no cemitério, tem um cachorrinho e tem seis gatos ainda”, conta.

Desesperada com a situação, Sandra promete acionar a Promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público e a Defesa Civil para poder entrar nas ruas bloqueadas e cuidas dos bichos abandonados e agora presos. Nas audiências com  Braskem, a mineradora não autoriza que as entidades entrem nas ruas tamponadas.

Reprodução/Instagram

“Até essa última audiência tinha ficado acertado que nós poderíamos ir junto com a equipe da Ufal (Universidade Federal de Alagoas) para fazer o resgate desses animais, a captura. Até para a gente se certificar de que todos seriam capturados. Mas, nessa última audiência que teve, o advogado da Braskem disse que não. Por puro prazer, ele teve de fazer isso no final da audiência, revoltou-se.

A condição dada pela mineradora para autorizar a entrada das ONGs nas ruas seria a presença de uma pessoa da Defesa Civil para acompanhar. “E a Defesa Civil está uma bagaceira muito grande, a gente não consegue essa autorização”, disse ela, prometendo ir pessoalmente ao órgão.  A depender do que falarem lá, eu vou direto pra Quarta Promotoria do Meio Ambiente. Alguma solução eles precisam dar”, afirma.

Mais lidas

CPI da Braskem tem 35 dias para concluir investigação, que inclui visita aos bairros destruídos

Com o objetivo de investigar a responsabilidade jurídica e socioambiental da mineradora Braskem no

Sem declarar IR cidadão não pode sequer receber prêmio de loteria que, acumulada, hoje sorteia

O prazo para entrega da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF) em

Risco de morte após a febre chikungunya continua por até 84 dias, diz Fiocruz

Em meio à epidemia de dengue e ao aumento de casos por febre chikungunya, um

Saúde volta a alertar alagoanos sobre medidas de prevenção contra a dengue

A Secretaria de Estado de Alagoas (Sesau) volta a alertar a população alagoana sobre

PF indicia filho de Bolsonaro por falsidade ideológica e lavagem de dinheiro

A Polícia Federal em Brasília indiciou Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Bolsonaro, pelos

FAEC anuncia calendário anual de eventos esportivos para o público escolar

A Federação Alagoana de Esportes Colegiais (FAEC) anunciou o calendário anual de eventos para

Bar do Doquinha: o lar enluarado da boemia

Por Stanley de Carvalho* Há 60 anos, quando os portões de Brasília começaram a

Seduc anuncia processo seletivo para a Educação Especial

A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) divulgou no último dia 6, no Suplemento

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *