18 de março de 2024 10:52 por Da Redação
O defensor público Ricardo Antunes Melro, e o ex-procurador-geral do Estado, Francisco Malaquias de Almeida Júnior, foram convocados para depor, como testemunhas, na CPI da Braskem. Em 2019, o ex-chefe da Procuradoria-Geral ajuizou ação de tutela cautelar para impedir que a petroquímica Braskem fosse vendida sem a unidade de Alagoas. A separação da operação no Estado do restante da Braskem, garantiria as negociações para venda da empresa à companhia holandesa LyondellBasell.
Já o defensor público Ricardo Melro agiu para garantir o bloqueio de dinheiro da Braskem, visando garantir a indenização de milhares de famílias atingidas pelo crime ambiental praticado pela petroquímica, em Maceió. Outra ação de Melro foi tentar impedir que a Braskem se tornasse dona dos imóveis evacuados sob risco de afundamento causado pela mineração de sal-gema, que destruiu cinco bairros da capital alagoana.
A convocação dos dois alagoanos foi feita pelo relator da Comissão Parlamentar de Inquérito, senador Rogério Carvalho (PT/SE), que convocou ainda o ex-secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Alexandre Vidigal de Oliveira.
O ex-secretário será ouvido nesta terça-feira, 19, como responsável pela fiscalização e monitoramento da extração de sal-gema pela petroquímica, em Alagoas.
Na mesma reunião os senadores decidirão sobre os requerimentos que convocam a depor na comissão, na condição de testemunhas, o diretor de Relações Institucionais do Grupo Novonor, Cláudio Medeiros, e o ex-presidente da Braskem, José Carlos Grubisich.
Outro requerimento a ser votado solicita ao presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, informações sobre os empréstimos da instituição à Braskem.
A CPI da Braskem foi instalada em dezembro de 2023 para investigar os danos ambientais causados em vários bairros de Maceió pela petroquímica Braskem S/A. A retirada do minério sal-gema ocorre desde os anos 1970 nos arredores da Lagoa Mundaú. A atividade era realizada por outras empresas, como a internacional DuPont, até ser adquirida pela Braskem em 2003.
Com Agência Senado